Justiça: Pai que matou filha cumpria pena por roubos e tráfico fora da cadeia após Justiça concluir que ele tinha controle da sua ‘agressividade’
O pai que confessou ter esganado e matado a filha no último fim de semana após uma discussão, transportado o corpo numa caixa e mandado queimá-lo estava cumprindo fora da cadeia pena por roubos e tráfico de drogas.
Ao ser interrogado, Wellington confirmou ter matado a própria filha para atingir a mãe da jovem, de quem havia se separado há menos de um ano. O serralheiro estava insatisfeito com o fim da relação e já tinha ameaçado a ex-mulher. O homem, diz a investigação policial, tinha comportamento agressivo e ciumento.
— Ele confessou o crime. A casa não tinha sinais de sangue, nada. Ele matou por asfixia, conforme ele disse. Disse que matou a filha no domingo, dormiu na casa. Acordou segunda-feira, foi trabalhar e voltou para casa. E então pegou o corpo, colocou em uma caixa de fogão e saiu para a rua— disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). — Ele disse que estava em frente à filha quando pulou em cima dela, apertou o pescoço e viu que ela tinha morrido.
A câmera de vigilância do edifício onde Wellington morava gravou o momento em que o acusado saiu com o corpo da filha dentro da caixa e sobre um carrinho de transporte. Na rua, o acusado disse ter pedido a um andarilho para incendiar o cadáver, por R$ 10, dentro de um buraco na Avenida 23 de Maio. Encontrado pela polícia, o desabrigado não repetiu a mesma história: disse que o serralheiro teria afirmado inicialmente que precisava de apoio para incendiar lixo. O rapaz, porém, afirmou ter fugido ao notar que tratava-se de um corpo. A investigação busca, ainda, elucidar essa parte do caso.
Desde abril de 2023, Wellington da Silva Rosas cumpria o restante da punição de mais de 18 anos de prisão pelos crimes em regime aberto por determinação da Justiça. Pela lei, a progressão de regime é dada para presos com bom comportamento.
Justiça: Pai que matou
AliançA FM