Haddad e relator tentam acordo para votar reforma tributária

Haddad e relator tentam acordo para votar reforma tributária Após a votação da reforma tributária, que deverá ocorrer ainda nesta semana

Haddad e relator tentam acordo para votar reforma tributária Após a votação da reforma tributária, que deverá ocorrer ainda nesta semana

Haddad e relator tentam acordo para votar reforma tributária

Após a votação da reforma tributária, que deverá ocorrer ainda nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará uma proposta alternativa sobre a desoneração da folha de pagamentos ao Congresso Nacional.

A proposta já foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não foi discutida com os líderes partidários do Congresso, disse o ministro.

“(A proposta) já está submetida ao presidente (Lula). O presidente aprovou como estamos conduzindo as coisas e não tratamos com os líderes sobre o assunto, mas o compromisso nosso, desde o começo eu falei, que aprovando a reforma tributária, vamos resolver esse problema”, disse na manhã desta segunda-feira (11) na porta do Ministério da Fazenda.

O governo federal deve aceitar a derrubada do veto presidencial ao projeto de lei que estende a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores econômicos até 2027, segundo a analista política Larissa Rodrigues. Em troca, eles se comprometem a apoiar um projeto de lei que aborda o assunto a ser apresentado no próximo ano.

“Os diálogos aconteceram, a Fazenda disse que iria mandar uma alternativa, mas até agora nada. O tempo até o recesso é curto, não dá para votar nada nesse período. Por isso, agora só resta inverter a ordem dos fatos: o governo libera a base e em 2024 debatemos um novo projeto de lei sobre o assunto”, afirma o autor do projeto que prorroga a desoneração da folha, Efraim Filho (PB), líder do União Brasil no Senado.

Votações no Congresso

Após uma reunião com Lula na manhã desta segunda, o ministro foi submetido a perguntas. Ele afirma que o projeto de reforma tributária, que foi “muito negociado”, tem substituição.

Haddad também afirmou que, embora possa haver algum deputado ou senador que ainda precise ser detalhado sobre a proposta, a compreensão do governo com os congressistas está “avançada”.

Mesmo assim, Haddad não descartou a possibilidade de enviar mais medidas ao legislativo com o intuito de aumentar a arrecadação e chegar aos R$ 168 bilhões necessários para atingir o déficit zero em 2024.

Haddad ainda afirmou que os cálculos da equipe econômica já contam com as possíveis votações e estão seis meses a um ano adiantados, contando com as variáveis do parlamento.

“Aprovadas essas medidas, se der tudo certo, tem que começar a fazer um trabalho de coordenar com a política monetária e política fiscal, para o país voltar a crescer. O crescimento vai tratar de todos os remanescentes. (…) É uma construção que você vai fazer mês a mês e acompanhar a arrecadação”, disse.

“A Fazenda está sempre seis meses a um ano adiantado em relação à agenda de hoje. Porque se precisar tomar novas medidas, aí a gente vai ter que tomar tanto do ponto de vista da despesa quanto da receita. Vamos consolidar no tempo, mas o crescimento vai ajudar muito”, afirmou.

”Choque fiscal” na economia Argentina

Além disso, o discurso de posse do recém-eleito presidente argentino, Javier Milei, que prometeu fazer um “choque” na política fiscal do país vizinho para resolver a crise econômica, provocou perguntas ao ministro.

Hadid afirmou ter ouvido o que Milei disse, mas não pode fazer comentários sem saber quais medidas serão tomadas.

“Eu acompanhei o discurso, mas não posso comentar antes de saber medidas. E também é um assunto interno da Argentina, e a gente torce para o país se recuperar”, disse.

O ministro da Economia, Luis Caputo, deve fazer os anúncios nesta terça-feira (12).

 

AliançA FM

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