Operação Penalidade Máxima cumpre mandados em oito cidades Nesta terça-feira, a terceira fase da Operação Penalidade Máxima ocorreu.
Operação Penalidade Máxima cumpre mandados em oito cidades
Nesta terça-feira, a terceira fase da Operação Penalidade Máxima ocorreu. Dez mandados de busca e apreensão foram executados em quatro estados brasileiros: Goiânia (GO), Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP). Até o momento desta notícia, nenhuma pessoa foi presa. O Ministério Público de Goiás está operando para investigar possíveis irregularidades e manipulações de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro e alguns estaduais em todo o Brasil.
A terceira fase da Operação Penalidade Máxima investiga os jogos do Flamengo e do Avaí no Campeonato Brasileiro, a vitória do time catarinense por 2 a 1 e os jogos do Náutico 1 a 3 contra Sampaio Corrêa e Criciúma 2 a 1 contra Náutico na Série B. Todos esses jogos ocorreram em 2022. Além disso, o Ministério Público de Goiás está investigando dois jogos do Campeonato Goiano de 2023: Goiânia 2 x 1 Aparecidense e Goiás 2 x 0 Goiânia, bem como dois jogos do Campeonato Paraibano: Nacional 2 x 1 Auto Esporte e Sousa 4 x 0 Auto Esporte.
Segundo informações do MP, a ação é um desdobramento das duas primeiras fases da Operação Penalidade Máxima, deflagradas entre fevereiro e abril deste ano. As investigações anteriores resultaram em três denúncias até o momento, já recebidas pelo Judiciário. Ao total, 32 pessoas foram acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em praticar corrupção dentro do cenário desportivo.
O que é a Operação Penalidade Máxima?
O MP de Goiás desde o início de 2023, investiga a atuação de criminosos que tinham por objetivo aliciar jogadores profissionais de futebol, prometendo aos atletas, consideráveis quantias em troca de algum objetivo dentro da partida, seja um cartão amarelo, ou vermelho, cometer pênaltis e favorecer algum placar parcial dentro da partida. Com isso, os integrantes da quadrilha lucravam em sites de apostas esportivas.
As primeiras acusações surgiram em Goiás, especificamente no caso do jogador Romário do Vila Nova, que foi banido definitivamente do futebol pelo STJD no dia 29 de maio. O outro jogador do Tigre Goiano, Gabriel Domingos, foi suspenso por 720 dias do esporte. Entre os jogadores mais conhecidos que se envolveram neste esquema estão Eduardo Bauermann, ex-zagueiro do Santos que foi afastado do futebol por 360 dias pela Fifa, e Alef Manga, atacante que jogou pelo Coritiba nesta temporada.
O ex-defensor do Peixe chegou a ser suspenso inicialmente por 12 jogos pelo STJD, transferiu-se para o Alanyaspor, mas rescindiu com o clube turco, sem nem chegar a estrear, após a Fifa internacionalizar o caso. Bauermann ainda foi condenado a pagar uma multa de R$35 mil reais. Já Alef Manga também foi suspenso e não poderá jogar futebol a até o 2 semestre de 2024.
Após o retorno de Guto Ferreira ao Coritiba, o jogador se expressou nas redes sociais, demonstrando sua amizade com o comandante. Ele espera voltar a jogar com o técnico assim que sua suspensão terminar. O executivo de futebol do Coxa, Carlos Amodeo, comentou sobre os posts que fez em sua página do Instagram e disse que esperará a punição passar para decidir o futuro do atleta no time paranaense, já que seu contrato está temporariamente suspenso.
Lista de jogadores envolvidos no esquema de manipulação de resultados e tempo de punição
- Ygor Catatau (banido)
- Paulo Sérgio (600 dias)
- Gabriel Tota (banido)
- Paulo Miranda (720 dias)
- Fernando Neto (380 dias)
- Eduardo Bauermann (360 dias)
- Matheus Gomes (banido)
- Mateusinho (600 dias)
- André Queixo (600 dias)
- Moraes (720 dias)
- Kevin Lomónaco (380 dias)
- Igor Cariús (360 dias)
- Victor Ramos
- Fernando Neto (380 dias)
- Gabriel Domingos (720 dias)
AliançA FM