Seca no Amazonas: 95% dos municípios entram em situação de emergência
Seca no Amazonas: 95% dos municípios entram em situação de emergência
Em Manaus, o agravamento da seca levou mais de 30 empresas da Zona Franca a anteciparem para este mês as férias coletivas previstas para dezembro
Novo boletim do estado do Amazonas informa que mais nove municípios entraram em situação de emergência e, agora, 95% do estado está no grau máximo de risco. Esse é o pior momento desde que começou o monitoramento da estiagem, no começo de agosto. Hoje, entraram nesse patamar as cidades de São Sebastião do Uatumã, Itacoatiara, Urucurituba, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Parintins, Manacapuru, Novo Airão e Nhamundá.
No restante do estado, um município está em estado de alerta, nenhum em atenção e apenas dois em situação normal. São 138 mil famílias, aproximadamente 557 mil pessoas, afetadas, incluindo seis mil alunos.
Em Manaus, o agravamento da seca levou mais de 30 empresas da Zona Franca a anteciparem para este mês as férias coletivas previstas para dezembro. O número de trabalhadores que vão entrar em férias deve ser de 10 mil a 15 mil.
Segundo Valdemir Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), o motivo do recesso é a escassez de matéria-prima antes do previsto.
Nesta terça-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que o ministro Sílvio Costa, de Portos e Aeroportos, prometeu que, nos próximos dias, começam os trabalhos de dragagem no trecho do rio Amazonas, conhecido como Tabocal, próximo a Itacoatiara (a 176 quilômetros da capital), por onde passam navios com insumos para a Zona Franca de Manaus.
Desde do início de outubro, o transporte por navios de cargas de insumos para o comércio e fabricação de produtos na Zona Franca foi suspenso. Segundo a Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), as empresas náuticas encontram dificuldades com o baixo nível dos rios no estado.
Além do Amazonas, outros rios também sofrem com a seca. O Rio Negro, que chegou ontem ao seu menor nível em 121 anos de medição, caiu ainda mais, atingindo 13,49 metros. O Rio Madeira também atingiu a mínima histórica, de 6,8 metros, no trecho de Nova Olinda do Norte. O recorde negativo era de 1995, com 7,3 metros Já o Solimões, no trecho de Santo Antônio do Içá, está a apenas quatro centímetros de atingir a mínima histórica. (Com informações O GLOBO)
AliançA FM