Brasileiros que estão em Gaza não conseguem sair da escola e deverão e ir um novo abrigo amanhã

Brasileiros que estão em Gaza não conseguem sair da escola e deverão e ir um novo abrigo amanhã Desde quinta -feira (12), os brasileiros

Brasileiros que estão em Gaza não conseguem sair da escola e deverão e ir um novo abrigo amanhã Desde quinta -feira (12), os brasileiros

Brasileiros que estão em Gaza não conseguem sair da escola e deverão e ir um novo abrigo amanhã

Desde quinta -feira (12), os brasileiros que estão na Faixa de Gaza permaneceram abrigados em uma escola. Os bombardeios se intensificaram no final da manhã desta sexta, ou no início da noite no horário local, quando o grupo tentou sair do local. Mas o ônibus que os levaria para Khan Yunis, uma cidade diferente, atrasou.

Como resultado dos bombardeios, o veículo levou mais tempo para chegar a Gaza, disse Alessandro Candeas, chefe do escritório do Brasil na Cisjordânia. Além disso, com a noite chegando na região, o percurso de 25 quilômetros até Khan Yunis se tornará ainda mais perigoso. Como resultado, os turistas brasileiros passarão mais uma noite no local.

A orientação é que o grupo deixe a escola na manhã deste sábado (14), pelo horário local – ainda de madrugada no horário de Brasília.

Uma série de ataques acontece durante a noite em Gaza bem próximos à escola onde os brasileiros estão. Eles tiveram que correr para o subsolo para se abrigar, de acordo com a jovem Shahed Al-Banna, que chegou ao local nesta sexta (13) junto com a irmã mais nova e a avó.

Desespero e insegurança

O grupo vive momentos de angústia e apreensão por não conseguir sair da área de conflito. A escola onde eles foram abrigados está na zona de evacuação, ao norte de Gaza. E no fim da manhã desta sexta (13), com os bombardeios se intensificando, foi preciso deixar o local.

Ahmad El Ajrami, um dos brasileiros que estavam na escola, mostrou em um vídeo feito na madrugada desta sexta (13) como estava a situação do local, totalmente no escuro pela falta de energia elétrica.

“Não tem energia. Não tem luz. Olha, gente”, mostrou Ahmad.

 

Desde o momento em que receberam o aviso de Israel para deixarem o norte de Gaza, os brasileiros que aguardavam o resgate na escola católica se apavoraram.

Pouco depois, a entrevista precisou ser interrompida porque as pessoas foram orientadas a deixar rapidamente a escola – alguns deles saíram. No fim da manhã, Shahed falou que o grupo deixou a escola e foi levado para a cidade de Khan Yunis, no Sul da Faixa de Gaza e fora da área de evacuação, a cerca de 25km. De lá até a passagem de Rafah, único acesso ao Egito, são mais 16km. Mas a fronteira ainda está bloqueada. E por falta de segurança, o grupo que saiu acabou retornando à escola.

Egito sempre fecha a fronteira quando há conflitos

Enquanto isso, mesmo sem resposta de quando a passagem será reaberta, um avião da FAB foi cedido pela presidência da República para resgatar os brasileiros que estão em Gaza. A aeronave, com capacidade para 40 pessoas, chegou a Roma na manhã desta sexta.

Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, afirma que sempre que a situação na região se agrava, o Egito, um país árabe, fecha a fronteira com Gaza – algo que acontece há anos. E diz que para obter a reabertura, a negociação é muito complexa.

“Por um lado, a população do Egito obviamente apoia a causa Palestina. Há muita preocupação de moradores no Egito com o que acontece com moradores de Gaza. Ao mesmo tempo, há uma compreensão de que o Egito tem meios muito limitados para receber essas pessoas, ou medo de que uma vez que eles saiam da Palestina eles nunca mais possam voltar, e que aquilo de certa maneira seria uma vitória para Israel, que quer reduzir o número de palestinos em Gaza”, argumentou o especialista.

AliançA FM

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