Justiça de São Paulo declara falência da livraria Saraiva
Justiça de São Paulo declara falência da livraria Saraiva
A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital decretou, nesta sexta-feira (6), a falência da rede de livrarias Saraiva. O pedido foi feito pela própria empresa dentro do processo de recuperação judicial, em razão de dívida de R$ 675 milhões.
Na decisão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho reconheceu o “descumprimento do plano de recuperação judicial e determinou a suspensão de ações e execuções contra a falida e a apresentação da relação de credores”.
“Embora formulado o pedido de autofalência, com a alegada apresentação de documentos exigidos pelo artigo 105, da Lei 11.101/2005 e o cumprimento dos demais requisitos legais, nos autos já há notícia de descumprimento do plano, o que determina, independentemente da vontade das devedoras, por força do artigo 73, IV, a convolação da recuperação em falência”, escreveu o magistrado.
Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa informou que o pedido foi protocolado nos autos do processo de recuperação judicial, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foto Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.
A companhia também afirmou que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à ela.
O anúncio veio quase duas semanas depois de uma empresa fechar todas as suas lojas físicas e demitir todos os funcionários que trabalhavam presencialmente, ficando apenas com vendas online.
A decisão também vem pouco tempo depois de o então presidente e diretor de relações com investidores da companhia, Jorge Saraiva Neto, e do vice-presidente Oscar Pessoa Filho terem renunciado aos seus cargos, em 23 de setembro.
O que aconteceu com a Saraiva?
Depois de não conseguir um acordo com seus fornecedores para renegociar seus subsídios, a rede de livrarias está envolvida em processos judiciais desde 2018.
À época, a empresa havia informado que tinha dívidas no valor de R$ 675 milhões. Justiça de São Paulo
AliançA FM