Após homenagens, Paulo André Barata é enterrado no Theatro da Paz, em Belém.
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O compositor faleceu no dia em que completou 77 anos de idade. Ele compôs obras-primas como “Foi Assim” e “Este rio é minha rua”, que foram imortalizadas pela voz de Fafá de Belém, em homenagem ao pai.
Nesta terça-feira (26), em Belém, autoridades, artistas e fãs se despediram de Paulo André Barata. No Theatro da Paz, um dos mais antigos do país, o corpo do poeta e compositor foi velado. Ele foi então enterrado em um cemitério na capital do Paraná.
Paulo Barata morreu na segunda-feira (25), dia em que completou 77 anos. O governo do Estado do Pará declarou um luto oficial de três dias.
Na manhã desta terça, músicos, cantores, poetas e outros artistas de Paraná se apresentaram ao lado do caixão. Como mostrado no vídeo acima, artistas homenagearam-o tocando suas músicas.
Este ano, o artista foi diagnosticado com câncer nas cordas vocais e, de acordo com a família, ele estava recebendo tratamento para sua doença, que se agravou. Ele foi internado em um hospital particular em Belém há dez dias devido a uma parada cardiorespiratória.
Muitas de suas canções foram interpretadas por vários artistas amazônidas no Theatro durante o velório. O governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, estavam presentes.
O enterro foi no cemitério Santa Izabel. Por volta das 12h, ainda havia muitas pessoas em volta do túmulo prestando homenagens.
Personalidades expressaram sua pesar pela perda, uma delas foi Fafá de Belém, que falou emocionada sobre a amizade e o legado musical que deixou com Paulo André. Ela havia feito uma postagem em homenagem ao aniversário do parceiro musical horas antes de morrer.
“Meu irmão, meu parceiro, maior artista dessa terra chamada Belém do Pará. fomos parceiros por 50 anos, e continuaremos sendo”, disse Fafá.
Composições como “Pauapixuna”, “Foi Assim” e “Este rio é minha rua”, que Paulo André escreveu com seu pai, o poeta Ruy Barata, foram imortalizadas pela voz de Fáfa.
Os artistas Fáfa de Belém, Leila Pinheiro, Salomão Habib e outros discutem o legado de Paulo Barata: “A música dele permanecerá em nossas mentes por toda a eternidade”.
O compositor renomado do Pará, Paulo André Barata, deixou obras fundamentais na cultura amazônica.
Os artistas Fáfa de Belém, Leila Pinheiro, Salomão Habib e outros discutem o legado de Paulo Barata: “A música dele permanecerá em nossas mentes por toda a eternidade”. Paulo André Barata é enterrado Paulo André Barata é enterrado Paulo André Barata é enterrado Paulo André Barata é enterrado
Luto oficial
Na noite de segunda-feira (25), o governo do estado declarou um luto oficial de três dias.
O Governo do Estado, por meio da Secult, afirmou que a morte de Paulo André Barata representa uma perda significativa para a música brasileira e a cultura do Pará. A Secult expressa sua solidariedade com amigos e familiares.
O governador Helder Baralho (MDB) também manifestou seus pêsames. “Lamento profundamente a partida do cantor, compositor e instrumentista paraense Paulo André Barata que dedicou seu talento para cantar a Amazônia em verso e prosa, juntamente com seu saudoso pai, o poeta Ruy Barata. Paulo deixa um extraordinário legado para a cultura do nosso estado e para a música brasileira”.
A morte foi lamentada pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. Edmilson enfatizou: “Um grande artista, um enorme intérprete dos nossos sentimentos, da nossa alma”. Em nome da Prefeitura e de toda a cidade de Belém, expresso meu maior pesar por essa perda. Muito conforto para os amigos, fãs e familiares
Homenagens
Paulo André Barata nasceu em Belém no dia 25 de setembro de 1946, e seu pai, Ruy Guilherme Paranatinga Barata, advogado, historiador, professor e político, nascido em Santarém no dia 25 de junho de 1920.
A colaboração entre pai e filho resultou em músicas que eram essenciais para a cultura nortista e que, na voz de Fafá de Belém, ultrapassaram as fronteiras do Pará. Essa cantora conterrânea teve a voz quente que levou o Brasil a conhecer músicas como Este rio é minha rua (1976), Indauê – Tupã (1976), Baiuca’s bar (1978) e, principalmente, o bolero Foi assim (1977) e a canção Pauapixuna (1977), que foram sucessos no segundo álbum de Fafá, Água (1977).
A música de Barata foi gravada por outros artistas além de Fafá. Por exemplo, o livro de canções “A Música De Paulo André e Ruy Barata” foi lançado com um passeio pelas músicas de Ruy e Paulo André Barata. O álbum contém 22 canções de artistas como Maria Rita, Zeca Pagodinho, Dona Onete, Pinduca, Zé Renato e, é claro, Fafá de Belém. Entre elas estão “Foi Assim”, “Porto Caribe”, “Cantiga da Correnteza” e “Pacará”.
AliançA FM
