Fentanil: como uma nova onda de overdoses assola os Estados Unidos e mata quase 300 pessoas por dia À medida que uma nova onda de
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Fentanil: como uma nova onda de overdoses assola os Estados Unidos e mata quase 300 pessoas por dia
À medida que uma nova onda de overdose de opioides começa a se espalhar pelas comunidades em todo o país, um número cada vez maior de americanos morrem de overdose de fentanil.
Sean morreu de overdose acidental de fentanil em Burlington, Vermont, há seis anos. Ele tinha 27 anos de idade.
“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho.
“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.”
No entanto, a pesquisadora afirmou que em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população protegida também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”.
Na pesquisa recente, os pesquisadores alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes como a cocaína ou a metanfetamina.
Devido aos padrões de consumo que variam de região para região, essa tendência é vista em todos os Estados Unidos, mas de formas diferentes.
Por exemplo, em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes são amplamente disponíveis, os investigadores descobriram que o consumo de fentanil e cocaína estava associado a taxas de mortalidade mais elevadas.
No entanto, as mortes ocorreram em quase todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, principalmente como resultado do uso de metanfetaminas e fentanil.
Embora Blake, que também é médica, tenha afirmado que seu filho usava cocaína apenas ocasionalmente, o exame toxicológico revelou apenas fentanil em seu corpo.
Uma quarta onda
Os pesquisadores acreditam que a crise nos Estados Unidos começou com o abuso de fentanil e outras drogas.
A primeira onda de overdoses com opioides prescritos ocorreu no final dos anos 1990. Em 2010, houve mais overdoses causadas pela heroína. Em 2013, ocorreu uma terceira onda devido à disseminação de substâncias ilegais parecidas com o fentanil.
As opções de tratamento da quarta onda não atendem à demanda, alertam especialistas como a professora Shover.
“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.
“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”
Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.
AliançA FM
