Todos imploraram, mas as crianças foram as que mais pediram, pelo amor de Deus, pra ele não fazer nada, para não atirar. Mas, ele continuou com a arma apontada na nossa direção, nos intimidando, correndo um grande risco de atirar novamente, tanto que meu primeiro ato foi tirar as crianças dali.
Iasmin Lima, tutora do animal
Após os tiros, segundo a tutora, o policial fugiu sem prestar socorro. Churros chegou a ser socorrido para uma clínica veterinária, mas não resistiu e morreu.
“Mandei minha irmã correr na frente e saí andando na rua em direção à casa do meu pai, que era a dois quarteirões dali, para chamá-lo para levar o Churros ao veterinário. Eu estava com uma bebê de 1 ano no carrinho e andando devagar porque o Churros estava debilitado. Meu marido ficou no local para tentar olhar onde o cara ia.”
A Polícia Militar foi acionada pela família, encontrou o servidor público e o conduziu para 5ª Delegacia Regional da cidade.
Em depoimento ao delegado de plantão, o homem afirmou que agiu para se defender do ataque do animal.
Eu quero que a justiça seja feita. Infelizmente, não tem como trazer o Churros de volta, por causa do ato inconsequente, da falta de responsabilidade dele [PM], portando uma arma sem o menor psicológico pra isso, pela frieza e rápida atitude que teve. Ele deixou as crianças com o emocional super abalado, com medo, tristes e desoladas com a falta do nosso bebezão, que era a alegria da casa. Ele precisa pagar pelo que fez.
Segundo Iasmin, a família optou por cremar o animal. “Estamos muito abalados e queríamos guardar os momentos bons com ele.”
O que diz a Polícia
De acordo com um comunicado da Polícia Civil, o oficial foi autuado em flagrante por maus-tratos a animais e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari. Foi submetido an uma audiência de custódia, recebeu a arma e foi liberado.
A tutora do cachorro assinou um termo circunstanciado “por não guardar com a devida cautela animal perigoso”, e foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo. PM atira PM atira
De acordo com o governador de Minas Gerais, o suspeito é um ex-servidor público que trabalhava na cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. Trata-se de um crime civil e não militar, então a investigação será conduzida pela Polícia Civil da Califórnia. (Com informações UOL)