Câncer de pulmão: O tabagismo causa 8 casos de cada 10
Câncer de pulmão: O tabagismo causa 8 casos de cada 10
Mais de 8 milhões de pessoas morrem mortalmente em todo o mundo como resultado da epidemia de tabagismo, que é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já viu. Mais de 7 milhões dessas mortes são causadas pelo hábito de fumar, enquanto aproximadamente 1,2 milhão são causadas pela exposição de não fumantes ao fumo passivo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu o alerta em um documento que examina os efeitos do consumo de tabaco, incluindo cigarro e narguilé, em todo o mundo.
Mais de 80% dos 1,3 bilhão de usuários de tabaco do mundo vivem em países de baixa e média renda, de acordo com um OMS. O órgão afirma que nenhum tipo de consumo de tabaco é bom e não existe um nível de exposição seguro. Além do cigarro, as pessoas também fumam charutos, cigarrilhas, tabaco de enrolar, tabaco para cachimbo, bidis (um tipo de cigarro prensado em folhas secas de temburmi ou tendu) e kreteks.
Mais comum entre os idosos— O câncer de pulmão é mais comumente encontrado em pessoas mais velhas. A maioria dos casos de câncer de pulmão ocorre em indivíduos com 65 anos ou mais. Ainda assim, a doença pode atacar pessoas com menos de 45 anos. De acordo com a American Cancer Society, a idade média das pessoas quando diagnosticadas é de cerca de 70 anos.
Causa bem definida, silencioso e negligenciado – O câncer de pulmão é um resultado de mutações que levam à doença em longo prazo, por danos causados por fatores de risco, com ênfase para o tabagismo e o etilismo. “Se todas as pessoas no mundo largarem o cigarro hoje, 8 entre 10 casos se câncer de pulmão deixariam de existir nos próximos anos. O cigarro é a maior causa evitável de morte no mundo”, afirma o cirurgião oncológico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO),Alexandre Ferreira Oliveira.
O fumante naturaliza quase sempre os sintomas de tosse, pigarro e angústia, associando-os ao fumo, o que aumenta a probabilidade de um diagnóstico tardio da doença (o que ocorre em 75% dos casos). Isso o leva a ignorar um potencial de evolução de um tumor. O fumante geralmente está acostumado a lidar com esses sintomas duradouros. Ele não está relacionado com a probabilidade de desenvolver câncer de pulmão. Além disso, quando um pulmão é afetado por um tumor, o outro pulmão salva a vida do paciente. Com isso, o paciente continua a viver, mesmo com o pulmão já comprometido pela doença, o que dificulta ainda mais o diagnóstico.
Quando a doença é diagnosticada na fase inicial, as chances de sucesso no tratamento aumentam. Quando a doença é diagnosticada apenas no pulmão, a probabilidade de sobrevivência é de 59,8% dos pacientes, de acordo com o levantamento SEERs da American Cancer Society. A taxa de sobrevida em cinco anos cai para 32,9% quando a doença se manifesta para os linfonodos e para 6,3% quando há metástase.
AliançA FM