Internacional: O Papa se reúne com vítimas de abuso sexual em Lisboa

Internacional: O Papa se reúne com vítimas de abuso sexual em Lisboa No primeiro dia de sua viagem a Portugal, onde lidera a Jornada Mundial

Internacional: O Papa se reúne com vítimas de abuso sexual em Lisboa No primeiro dia de sua viagem a Portugal, onde lidera a Jornada Mundial


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Internacional: O Papa se reúne com vítimas de abuso sexual em Lisboa
No primeiro dia de sua viagem a Portugal, onde lidera a Jornada Mundial da Juventude até domingo (6), o Papa Francisco escolheu abordar o assunto mais polêmico. No aguardado encontro de uma hora na sede da Nunciatura em Lisboa, ele ouviu atentamente os relatos detreze sobreviventes de abuso sexual do clero e criticou a lenta resposta da Igreja aos escândalos.

Cada um falou o que quis e foi um momento reparador. Rute Agulhas resumiu: “Da parte do Papa, houve total disponibilidade para escutar até ao fim”. Ela, que foi uma das testemunhas da reunião e coordenadora do grupo VITA da Igreja Católica, disse que o Papa pediu perdão às vítimas tanto em nome da Igreja quanto em seu nome.

Horas antes, durante uma vigília para freiras e clérigos no Mosteiro dos Jerônimos em Belém, Francisco afirmou que os escândalos prejudicam uma imagem da Igreja e afastam os seguidores de sua fé.

“Muitas vezes é acentuado pela decepção e pela raiva com que algumas pessoas olham para a Igreja.” O Pontífice ressaltou ainda a necessidade de mudanças, para que a Igreja Católica possa sair da margem das desilusões e do imobilismo “e alcançar a todos, todos e todos”.

Um extenso relatório validado por uma comissão independente revelou em fevereiro que 4.815 pessoas foram vítimas de abuso sexual por padres e membros da igreja em Portugal entre 1950 e 2022.

As vítimas criticaram a resposta das autoridades eclesiásticas ao documento, que foi baseada em cincocentos testemunhos e foi lenta e às vezes relativizada. Internacional: O Papa Internacional: O Papa

Como a maioria dos crimes já prescritos, muitos abusadores continuam em atividade e contam com a proteção de seus chefes.

“Conhecidos os relatos, os bispos portugueses dividiram-se, foram hesitantes, arrogantes e, acima de tudo, não mostraram a empatia e o respeito que eram esperados para com as vítimas”, afirmou a editorialista Helena Pereira, do jornal “Público”.

 

Após meses de confusão, Francisco deveria ter educado os religiosos e guiá-los em um caminho claro. Em outras palavras, priorizar as vítimas e dar-lhe voz.

 

AliançA FM

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