Economia: Copom se reúne com expectativa de baixar Selic O estrategista-chefe da gestora de investimentos norte-americana BlackRock para
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Economia: Copom se reúne com expectativa de baixar Selic
O estrategista-chefe da gestora de investimentos norte-americana BlackRock para a América Latina, Axel Christensen, avaliou que os bancos centrais de países emergentes como Brasil, México e Chile foram mais eficientes no enfrentamento da crise econômica global ao aumentarem suas taxas de juros mais rápido e de forma mais agressiva do que os mercados desenvolvidos. O especialista disse acreditar que o BC brasileiro reduzirá a Selic na reunião desta semana, mas será cauteloso.
Críticas ao patamar de juros
O governo Lula tem pressionado o Banco Central a reduzir a taxa de juros. A avaliação é que o atual patamar da Selic inibe o crescimento da economia.
Em transmissão pela internet, Lula voltou a dizer que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisa explicar à população por que a Selic permanece em 13,75%.
“Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porquê ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, [explicar] por que ele não baixa [a taxa]”, disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a o início do corte de juros “deveria ter sido em março”.
51 integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República, chamado de Conselhão, se juntaram às críticas e divulgaram uma carta aberta ao presidente do Banco Central e aos diretores da instituição pedindo corte na taxa básica de juro.
Taxa básica de juros
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic.
Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Neste momento, a instituição já está mirando na meta do ano que vem. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
AliançA FM