Politica: Coaf: Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses

Mauro Cid fez negócios de joias nos Estados Unidos; PF quer documentos das autoridades americanas Investigadores da Polícia Federal

Politica: Coaf: Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses Relatório elaborado pelo Conselho de Controle Atividades financeiras


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Politica: Coaf: Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses
Relatório elaborado pelo Conselho de Controle Atividades financeiras (Coaf) identificou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), movimentou R$ 3,2 milhões entre junho do ano passado e janeiro de 2023. O documento foi feito a pedido da Polícia Federal (PF).

A informação foi confirmada por fontes a par das investigações. Do total movimentado, aproximadamente R$ 1,8 milhão foram créditos e R$ 1,4 milhão, débitos.

Como militar, Mauro Cid recebe por mês R$ 17 mil após todos os descontos. Na época, o salário chegava a dobrar por conta de gratificações e outras verbas.

“[Foi identificada] movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”, destacou o Coaf.

Questionada sobre o relatório do Coaf, a defesa de Cid afirmou que todas as transações dele foram lícitas.

“Todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”, afirmou a defesa.

Transações para o exterior

Houve também remessa de dinheiro das contas de Cid para o exterior, no valor de R$ 367,3 mil. Essa remessa ocorreu em janeiro de 2023, período em que tanto Cid quanto Bolsonaro estavam nos Estados Unidos.

O Coaf também escreveu que essa movimentação pode significar tentativa de ocultar bens.

“Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, afirmou o relatório.

Transações com terceiros

O Coaf, no relatório, destaca algumas pessoas com quem Cid fez transações. Uma delas é identificada como caixeiro-viajante.

Outra é o sargento Luis Marcos dos Reis, que trabalhava para Cid na Presidência e também é investigado pela PF.

AliançA FM

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