Mesmo com Bolsonaro inelegível, PL quer eleger mais de mil prefeitos
Mesmo com Bolsonaro inelegível, PL quer eleger mais de mil prefeitos
A inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), definida nessa sexta-feira (30/6) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não abalou os planos do Partido Liberal para as eleições de 2024.
Presidida por Valdemar Costa Neto, a legenda pretende manter a meta de conquistar mais de mil prefeituras no próximo pleito municipal. Em 2020, a sigla elegeu 345 prefeitos.
Nos últimos dias, Bolsonaro e nomes ligados ao PL têm debatido sobre os próximos passos tomados pela legenda a partir de agora.
Ao longo da semana, lideranças do PL afirmaram que, caso a inelegibilidade se concretizasse, Bolsonaro se tornaria o “maior cabo eleitoral” do partido. Nas redes sociais, Valdemar ressaltou qual será o papel do ex-presidente a partir de agora.
“Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo”, escreveu.
A promessa de eleger mil prefeitos foi feita ainda em junho por Valdemar, e mantida mesmo após a condenação de Bolsonaro.
“Nós devemos eleger mil prefeitos nas eleições de 2024 com os nossos 99 deputados federais e os 129 deputados estaduais que temos. Agora, se juntarmos com a força de Bolsonaro, devemos eleger em média 1.500 prefeitos no Brasil. Vamos bater o recorde”, escreveu o político no Twitter, em 17 de junho.
Uma força-tarefa deve ser montada para o ex-mandatário percorrer os estados considerados estratégicos para o PL; entre eles, Rio de Janeiro, São Paulo e as unidades federativas da Região Nordeste.
No Rio de Janeiro, a ideia inicial era que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do mandatário, concorresse à prefeitura. No entanto, após debates com o pai, o parlamentar decidiu permanecer no Congresso Nacional.
A expectativa, então, é que Bolsonaro escolha entre os militares Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e deputado federal.Em São Paulo, um dos nomes cotados era o do deputado federal Ricardo Salles (PL). No entanto, no fim de maio, Salles anunciou que desistiu do pleito. A expectativa é que Bolsonaro invista em nomes como o de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da cidade, e do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia. (Com informações Metrópoles).