Economia: BC ignora pressão de Lula e mantém taxa de juros em 13,75%

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Economia: BC ignora pressão de Lula e mantém taxa de juros em 13,75%
O Copom, Comitê de Política Monetária, do Banco Central, decidiu, nesta quarta-feira, manter a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, nível em que está desde agosto do ano passado.

Esta foi a quarta reunião do Copom deste ano, e o colegiado avalia que a “conjuntura atual, demanda paciência e serenidade na condução da política monetária” e lembrou “que os passos futuros dependerão da evolução da dinâmica inflacionária”.

O economista William Baghdassarian, professor do IBMEC Brasília, opina que o cenário econômico interno é favorável para queda da taxa a partir da próxima reunião do Copom.

O especialista explica como a atual taxa impacta, principalmente, o setor empresarial, a viabilidade de novos projetos econômicos e o emprego.

O professor William Baghdassarian ressalta que o Banco Central não olha a inflação do período atual, mas a projeta de 12 a 24 meses. A decisão pela manutenção da Selic, segundo ele, provavelmente, pode estar ligada a alguma pressão inflacionária a médio prazo considerada pela autarquia.

Expectativa

Assim como o mercado, integrantes da equipe econômica do governo também acreditavam que o Copom do BC manteria a taxa de juros no atual patamar, mas que “abriria a porta” para reduções nos próximos encontros.

A última reunião em que a taxa foi alterada, em 3 de agosto do ano passado, houve alta de 0,5 ponto percentual. Na primeira decisão de manutenção da taxa, em 21 de setembro de 2022, o comunicado do Copom apontava que, apesar da manutenção, não estava descartada nova alta caso “o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

De acordo com o comunicado divulgado na última reunião, em 3 de maio, o Comitê não hesitaria “em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Na época, o comunicado abriu afirmando que “o ambiente externo se mantém adverso”. O Copom afirmou ainda que, considerando a incerteza ao redor de seus cenários, “o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

O documento finalizou dizendo que “a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária” e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

A mensagem da decisão desta quarta era aguardada após meses de comunicados duros, em que o Banco Central seguiu alertando para um cenário ainda adverso para os preços e resistindo em flexibilizar a taxa.

“Apesar da recente queda da inflação, de modo mais acelerado que o esperado, o Copom deve seguir sua comunicação anterior e manter a Selic inalterada”, disse o Inter, em relatório nesta semana. Economia: Banco Central  Economia: Banco Central  Economia: Banco Central 

“No entanto, a análise de cenário e o balanço de riscos para a inflação teve mudanças importantes e esperamos que o Copom sinalize que o processo de afrouxamento da política monetária pode se iniciar a partir de agosto”, acrescentou.

Especialistas consultados pela também apontaram que o Banco Central (BC) deveria sinalizar neste comunicado que começará a cortar a taxa básica de juros em agosto. Eles acreditam, contudo, que a indicação não deveria ser “enfática”, mas que a sinalização viria a partir de uma “mudança de tom”.

Contudo, o material enviado pelo Comitê não trouxe essa indicação de corte para a próxima reunião.

O Copom, corpo formado pelos diretores do BC e que define a taxa Selic, se reúne a cada 45 dias para decidir se corta, mantém ou sobe os juros básicos.

 

AliançA FM

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