Mercado de trabalho cresce para pessoas com mais de 60 anos

Mercado de trabalho cresce para pessoas com mais de 60 anos Um estudo da Fundação de Análise de Dados de São Paulo (Seade), com base em dados

Mercado de trabalho cresce para pessoas com mais de 60 anos
Um estudo da Fundação de Análise de Dados de São Paulo (Seade), com base em dados do IBGE, mostra que o Brasil tem hoje 7,6 milhões de trabalhadores com 60 anos ou mais.

Seu Antônio faz parte deste grupo. Aos 70 anos, ele já está aposentado há 5, mas nem pensa e nem pode parar de trabalhar. “Muita gente que está aposentada necessita, e muito; não tem como não trabalhar, porque um salário mínimo de aposentadoria não dá”, afirma o auxiliar de controladoria Antônio Fernando Micholini.

A pesquisa inédita, envolvendo a última década, mostra um acréscimo de 727 mil pessoas dessa faixa etária no mercado, nesse período. O levantamento mostra ainda que 72% destes trabalhadores estão na informalidade. Mercado de trabalho cresce  Mercado de trabalho cresce 

O estado de São Paulo tem a maioria dos idosos ocupados: 2 milhões. Um dos responsáveis pelo estudo explica o cenário. “Nós estamos vivendo mais, e as pessoas estão ficando mais tempo no mercado de trabalho, porque estamos levando uma vida mais longeva”, observa o economista Alexandre Loloiam.

Com o envelhecimento da população, as empresas têm contribuído para incluir os mais experientes no mercado de trabalho. Uma rede de atacadista da Grande São Paulo criou um programa para contratar profissionais com mais de 60 anos. Hoje, são 135, e eles estão em todas as áreas.

“Não basta ser apenas uma questão competitiva, é uma questão de necessidade. Então, se a gente não mudar a forma de contratar, a forma de receber essas pessoas, de preparar o ambiente, nós vamos perder força de trabalho”, pondera a gerente de gente e gestão Sueli Moraes.

Seu Robélio aos 60 anos nem pensa em parar. No meio dos mais jovens, aprende, ensina e se reinventa. “Na verdade, a gente precisa, obviamente, do trabalho para sustento da família, mas também tem o fator motivacional. Estar produzindo é como se fosse uma medicação, só faz bem”, afirma o comprador pleno José Robélio.

 

AliançA FM

 

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