Ataques a escolas: como evitar novas ações violentas
Ataques a escolas: como evitar novas ações violentas
Menos de duas semanas após o ataque que matou a professora Elisabet Tenreiro, de 71 anos, na EE Thomázia Montoro (SP), outro caso choca o país. Uma creche particular em Blumenau (SC) foi invadida por um homem de 25 anos que, armado com uma machadinha, matou quatro crianças e deixou outras feridas. Além dos trabalhos de assistência e acolhimento às famílias das vítimas e à comunidade escolar , uma pergunta que se soma à dor diante dos casos é: como evitar que ataques a escolas voltem a ocorrer?
Especialistas e educadores são unânimes ao afirmar que essa questão não tem uma resposta simples e evitar novos atentados exige ações compartilhadas e compromisso de toda a sociedade. No entanto, o cenário atual evidencia que implementar essas medidas se faz urgente.
O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, do Ministério da Justiça, monitora ações e, quando necessário, encaminha relatórios de forma preventiva com a indicação de possíveis ataques.
Um levantamento do setor revela que, em 2021, foram produzidos 33 ofícios indicando possíveis planejamentos de atentados a escolas, enviados para 16 estados diferentes. Em 2022, o número saltou para 80 comunicações encaminhadas a 21 estados, um aumento de 142% de um ano para o outro. Só nos primeiros três meses de 2023, já foram 31 comunicações de possíveis ataques, informou o Ciberlab em nota à NOVA ESCOLA.
“[Esse monitoramento] é uma medida fundamental, uma vez que boa parte dos agressores são alunos ou ex-alunos e, por vezes, comportamentos anteriores do agressor devem servir de alerta. A partir da identificação de um caso suspeito – como em publicações em mídias digitais, por exemplo –, a polícia local é avisada imediatamente a fim de localizar o autor e, consequentemente, instaurar o procedimento investigativo correspondente”, explicou o laboratório, que não detalhou quantos casos foram efetivamente desbaratados após o envio dos ofícios.
O órgão esclarece ainda que o trabalho é desenvolvido em parceria com a Homeland Security Investigations (HSI), da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, com a qual compartilha boas práticas na identificação de possíveis ataques em escolas. (Com informações Nova Escola)
AliançA FM