O mês de abril chegou e com ele o tão aguardado feriado da Páscoa, onde as pessoas se deliciam com seus chocolates, principalmente as crianças que fazem a festa com as guloseimas. Comer chocolate na Páscoa faz parte da cultura brasileira, porém, é preciso ter cuidado com os excessos, pois podem desencadear problemas graves de saúde.
Apesar dos benefícios comprovados devido ao cacau, o chocolate deve ser apreciado com moderação e em pequenas quantidades. “O ideal é consumir entre 25g e 50g de chocolate por dia, que equivale a um quadradinho. Essa recomendação vale para pessoas que não apresentam problemas de saúde e que não estão com restrição calórica na sua dieta. É recomendado consumir chocolates que tenham pelo menos 60% de cacau em sua composição, pois suas propriedades fazem bem à saúde devido à sua ação antioxidante e anti-inflamatória, se comidos na quantidade certa”, explica a nutricionista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Michele Arruda.
A nutricionista alerta que o consumo a longo prazo pode trazer consequências metabólicas muito sérias ao organismo. “Devido aos açúcares e gorduras presentes no chocolate, o corpo pode acabar se sobrecarregando, provocando o surgimento da diabetes e o aumento do colesterol, assim como acelera o ganho de peso. Esse excesso pode causar diarreia, refluxo, náuseas estomacais, dores de cabeça e até processos alérgicos e intoxicação alimentar, além de alterar o funcionamento da produção de insulina, que é a elevação da glicose no sangue, ocasionando o diabetes. Nos estágios mais avançados, o diabetes causa problemas graves à saúde comprometendo outros órgãos.
“Já o excesso de gorduras podem elevar os níveis de LDL no sangue (o colesterol ruim) e reduzir o HDL (colesterol bom), elevando os triglicerídeos. Isso facilita as chances de desenvolver uma aterosclerose (entupimentos das artérias), problemas cardiovasculares como o AVC. Ocorre também o ganho de peso desencadeado por este excesso de gorduras”, destaca Michele.
Segundo a especialista, comer chocolate desenfreadamente pode se tornar um vício. “Muitas pessoas não dão atenção a isso, mas é algo que precisamos estar em alerta. Nosso cérebro recebe informações exageradas desse consumo. O pico glicêmico faz com que os níveis de energia subam e caiam repentinamente, confundindo o cérebro. Dessa forma, ele acaba interpretando que o corpo está com falta de energia, gerando a vontade de consumir cada vez mais chocolate para suprir essa falsa deficiência alimentar”, conclui a nutricionista.
AliançA FM