Queimadas na Amazônia diminuem 25%
Queimadas na Amazônia diminuem 25%
; De acordo com a pesquisadora, as chuvas que caracterizam os 1ºs meses do ano no país favorecem a diminuição de incêndios. “Mesmo assim, são muitos hectares queimados, em um período de mais chuva”, afirma Arruda, que integra a equipe responsável pelo Monitor do Fogo.
O estado onde mais queimadas foram registradas foi Roraima, um dos primeiros locais visitados pelo presidente Lula (PT) desde que tomou posse. A região é marcada pela situação de emergência de povos yanomamis, que vivem em áreas protegidas e são diretamente afetados pela exploração de minério na região.
A tentativa de controlar a atividade predatória não impediu que o estado registrasse a queima de 259 mil hectares de seu território – quase a metade (48%) de toda a área queimada no Brasil.
Em nota divulgada à imprensa, o pesquisador Felipe Martenexen, responsável pelo mapeamento da Amazônia no Monitor do Fogo, explicou que o padrão de área queimada em Roraima pode estar relacionado a características climáticas e ambientais únicas do estado.
“Roraima está localizado no hemisfério norte, enquanto a maior parte dos demais estados se localiza no hemisfério sul. Dessa forma, enquanto o período de seca em boa parte do país ocorre entre os meses de maio a setembro, em Roraima os meses de seca ocorrem entre dezembro e abril”, disse.
Na Amazônia, os 266 mil hectares que pegaram fogo entre janeiro e fevereiro de 2023 eram de formações campestres, ou 55% da área queimada no bioma.
As vegetações campestres, segundo a pesquisadora do Ipam Vera Arruda, responsável pelo Monitor do Fogo, têm um papel fundamental na manutenção dos ciclos naturais essenciais para a vida, como o do carbono e do nitrogênio, além de contribuírem para a absorção e distribuição de água pelo solo. Queimadas na Amazônia diminuem
Por essa relação interdependente e complementar, explica ela, medidas de proteção da biodiversidade devem considerar ecossistemas como um todo para serem efetivas.,
AliançA FM