Uma pesquisa feita pelo Datafolha nos dias 19 e 20 de dezembro mostrou uma melhora na taxa de aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF), que “empatou” com a desaprovação. Para 31% dos entrevistados, o trabalho realizado pela Corte é bom ou ótimo, outros 31% consideram ruim ou péssimo.
A maior parte das pessoas, 34%, considera o trabalho do STF regular. Cerca de 4% não souberam avaliar o desempenho do órgão.
Na última pesquisa realizada no final de julho, 23% das pessoas consideravam a atuação do STF boa ou ótima e 33% ruim ou péssima. E 38% consideravam o trabalho regular.
A pesquisa de agora ouviu 2.026 entrevistados em 126 municípios, e tem índice de confiança de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A maioria das pessoas avalia a atuação do Supremo como regular: 34%. Isso significa uma queda de quatro pontos percentuais em comparação com a pesquisa de julho. Outros 4% não souberam opinar sobre o desempenho do tribunal.
A aprovação é mais alta entre aqueles que reprovam a gestão do presidente Jair Bolsonaro (42%). Já a rejeição é mais alta entre homens (36%), mais instruídos (40%), mais ricos (61%) e apoiadores do atual governo (50%).
A popularidade do STF cresceu em comparação ao primeiro ano de Bolsonaro como chefe do Executivo. Em dezembro de 2019, a corte teve aprovação de 19% e rejeição de 39%.
Em 2020, já em meio à crise da Covid-19, o Supremo chegou a 30% de aprovação e 26% de reprovação. No ano passado, a aprovação caiu para patamares entre 23% e 25%, enquanto a rejeição ficou entre 33% e 35%. Foi em 2021 que a corte anulou as condenações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na “lava jato” e o reabilitou para a disputa eleitoral.
Em outra votação expressiva do ano, o STF também decidiu pelo compartilhamento de dados bancários e fiscais sigilosos sem necessidade de permissão da Justiça. Foram nove votos favoráveis e dois contrários.
A maioria dos ministros também definiu, em outubro, que os réus delatados podem apresentar as alegações finais em processos finais depois dos réus delatores. Outra decisão da Corte impactou no chamado caixa 2. Em votação apertada, os ministros decidiram que crimes eleitorais relacionados a corrupção e lavagem de dinheiro devem ser julgados pela Justiça Eleitoral.
AliançA FM