Nísia Trindade Lima é graduada em Ciências Sociais e com doutorado em Sociologia.
Ela tem sua obra intelectual como referência na área de pensamento social brasileiro, história das ciências e saúde pública.
É pesquisadora da Fiocruz desde 1987 e ocupou os cargos de diretora da Casa de Oswaldo Cruz (1998-2005), unidade da Fiocruz, e vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz (2011-2016).
Ela criou o Observatório Covid-19, rede transdisciplinar que realiza pesquisas e sistematiza dados epidemiológicos; monitora e divulga informações sobre a circulação do coronavírus e seus impactos sociais em diferentes regiões no Brasil.
A tese de doutorado de Nísia Trindade Lima, Um Sertão Chamado Brasil, conquistou o Prêmio de Melhor Tese de Doutorado em Sociologia no Iuperj.
Nísia Trindade Lima foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz (1998-2005), unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde. Participou da elaboração do Museu da Vida, premiado museu de ciência da Fiocruz.
Na Editora Fiocruz (2006-2011), Nísia atuou na implementação da Rede SciELO Livros.
Foi vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz (2011-2016), período em que coordenou as Semanas Nacionais de Ciência e Tecnologia na instituição e também a implantação de políticas de acesso aberto, com o objetivo de tornar disponível toda a produção científica da instituição.
A obra de Nísia é referência na área de pensamento social brasileiro, história das ciências e saúde pública.
Lecionou e orientou gerações de alunos em todos os níveis de formação, do ensino básico ao pós-doutorado, como docente na Uerj e na Fiocruz.
Nísia é autora de dezenas de artigos, livros e capítulos com reflexões sobre os dilemas da sociedade nacional, sobretudo as cisões entre os Brasis urbano e rural, moderno e atrasado.
No campo das ciências sociais, Nísia Trindade Lima vem contribuindo através de diferentes iniciativas para o fortalecimento das ações de pesquisa e ensino. Uma de suas realizações foi a criação da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS), em colaboração com a UFRJ e rede de instituições.
Ele participa dos conselhos editoriais dos periódicos: Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência; História, Ciências, Saúde-Manguinhos; Caderno de História da Ciência-Instituto Butantan; Escritos da Fundação Casa de Rui Barbosa; Medical History;e Lancet Covid-19 Commission.
Vale frisar que Nísia Trindade Lima participa de programas e redes internacionais nas áreas de História da Ciência e História da Saúde.
- É membro da Zika Alliance Network (2018), um consórcio de pesquisa multinacional e multidisciplinar formado por 54 parceiros em todo o mundo.
- Foi membro do grupo de trabalho de Plano de Ação Global da OMS (2018), que tem como objetivo otimizar a pesquisa global para os sistemas de saúde dos países, e do grupo consultivo da OMS para a implementação da Agenda 2030 (2019).
- Foi membro do Comitê Diretor Internacional para supervisionar e facilitar a implementação da Cúpula de Nairóbi sobre a CIPD25 e assumiu a Copresidencia da Rede de Saúde para Todos da UNSDSN em 2019.
Nísia Trindade Lima, como presidente da Fiocruz, coordenou todo o acordo de encomenda tecnológica na articulação com o Ministério da Saúde do Brasil, a Universidade de Oxford, a farmacêutica AstraZeneca e as unidades de produção locais.
NÍSIA TRINDADE LIMA É A FUTURA MINISTRA DA SAÚDE DE LULA
Em setembro deste ano, Nísia Trindade Lima veio ao Recife, onde conversou com pesquisadores e o diretor da Fiocruz Pernambuco (Instituto Aggeu Magalhães – IAM), Pedro Miguel dos Santos Neto, sobre o trabalho desempenhado pela Fiocruz no enfrentamento à pandemia de covid-19 e os desafios ainda enfrentados pela instituição.
Na ocasião, Nísia ressaltou que as bases científicas e tecnológicas existentes atualmente no mundo, aliadas à visão de saúde coletiva que a instituição tem, permitiram à Fiocruz se colocar numa posição de não só diagnosticar e denunciar a grave crise vivida no Brasil, mas de se organizar coletivamente coordenando ações que permitiram resposta à pandemia a partir do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A ação coordenada da Fiocruz é exemplar daquilo que a Fundação tem potência como um todo para realizar. É aprendizado que vai da área de pesquisa, da vigilância, educação, inovação, das ações sociais que nós vivemos”, afirmou. (Com informações jc)