A Justiça do Rio Grande do Sul determinou nesta quarta feira a prisão preventiva do homem suspeito de matar os quatro filhos em casa, na cidade de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre. Deivid da Silva Lemos, de 28 anos, foi preso na madrugada de terça em um hotel no centro da capital. Durante o depoimento na delegacia. O suspeito ficou em silêncio, mas ao ser preso, ele havia confessado o crime. Em entrevista à RBS TV, o delegado responsável pelo caso, Augusto Zenon, revelou que o homem deu um chá calmante para os filhos antes de cometer os homicídios.
“A criança entrava em relaxamento. Aí depois, a criança dormia. Ele sufocava a criança com o travesseiro. Isso foi feito na criança mais nova, de três anos, e nas crianças maiores, a de seis, oito e onze. Ele sufocava mesmo as operante, uma por uma, levava para dentro da casa, sufocava com o travesseiro e depois desferia as facadas. As crianças foram essas últimas três. As mais velhas foram golpeadas tanto no peito quanto nas costas, com mais de dez facadas.”
Segundo o delegado, quando a polícia chegou à casa, por volta das 19h30 da noite de segunda feira, as crianças, uma de onze, outra de oito, outra de seis e outra de três anos, já estavam mortas. O homem tinha histórico de agressões contra a ex – mulher e mãe das quatro crianças. Ela tinha a medida protetiva em vigor contra Deivid. Conforme a polícia, o homem teria mandado mensagens com ameaças para a mãe das crianças no dia do crime. A advogada, especialista em direito das mulheres, Gabriela Souza, vê omissão do Judiciário no caso.
Então, nessas situações, é sempre muito difícil conseguir uma medida protetiva que seja ampliada para os filhos, porque se entende que essa ampliação é uma exceção, porque pai teria direito de convivência. Só que a gente está vendo uma tragédia anunciada, na medida em que é óbvio que um homem agressivo representa risco também para os filhos. E, pela legislação brasileira, as crianças precisam ter proteção integral e máxima e absoluta.
Ela descreve o sentimento ao saber do crime.
“Esse caso de Alvorada é a coisa mais triste que eu já vi na minha vida. É uma tragédia anunciada que poderia ter sido evitada se você tivesse ampliado a medida protetiva para essas crianças.”
Os laudos com a causa das mortes devem ser concluídos em 30 dias. (Com informações Agência Rádio Web de Porto Alegre Renê Almeida.)
AliançA FM