O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai se reunir na manhã desta segunda-feira (5) com o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em Brasília.
Na reunião, além de tratar de temas de interesse dos dois países, Lula e Sullivan devem acertar detalhes da visita do petista ao presidente norte-americano, Joe Biden
Ainda sobre o encontro com o político do Partido Democrata, Lula afirmou que os dois têm “muita coisa para conversar” porque Estados Unidos e Brasil “padecem de uma necessidade democrática” em razão das gestões do republicano Donald Trump e do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o governo norte-americano, “Sullivan discutirá como os Estados Unidos e o Brasil podem continuar a trabalhar juntos para enfrentar desafios comuns, incluindo mudanças climáticas, segurança alimentar, a promoção da inclusão e da democracia e a gestão da migração regional”.
O próximo chefe do Palácio do Planalto também deve discutir uma data ainda neste mês para um encontro com Joe Biden em Washington. Lula sinalizou que pretende fazer uma viagem logo após a diplomação como presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para a próxima segunda-feira (12/12).
O próximo chefe do Executivo federal teria recebido convites para visitar a China, mas ainda não existem previsões mais concretas. Uma viagem para a Argentina também é planejada.
Desde que venceu as eleições presidenciais, Lula viajou ao Egito para participar da COP27 e se encontrou com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. Um dia após o segundo turno, ele se reuniu com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em São Paulo.
A última visita do conselheiro de Segurança norte-americano ao Brasil foi em agosto de 2021, quando Sullivan se encontrou com Bolsonaro e membros do atual governo, como o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e o vice-presidente Hamilton Mourão. Na ocasião, as autoridades discutiram o apoio à democracia e temas relacionados ao meio ambiente.
Para a gestão de Lula, representantes do governo apostam em uma relação mais próxima com Joe Biden, em comparação com o período do governo Bolsonaro, apoiador do ex-presidente Donald Trump. A expectativa é que os dois países estreitem as relações bilaterais, em especial, com relação à agenda de preservação da Floresta Amazônica e ao combate às mudanças climáticas.
AliançA FM
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