O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve viajar aos Estados Unidos para encontrar com o presidente norte-americano, Joe Biden, antes da posse. Foi o que afirmou o ex-ministro Fernando Haddad (PT) nesta quarta-feira (30).
Haddad, que tem participado das reuniões da transição de governo e é cotado para o Ministério da Fazenda, também disse que o petista tem recebido vários convites, no entanto, deve viajar, até final do ano, para os Estados Unidos e para a Argentina.
“Muitos convites de grandes potências para encontrá-lo ou, se não for possível, conversar com ele virtualmente. Acho que o presidente vai concluir o ano tendo conversado com as grandes potências do mundo”, disse o ex-ministro.
O conselheiro de Segurança dos EUA, Jake Sullivan, no próximo dia 5, deve se encontrar com Lula durante a visita oficial que fará ao Brasil. A Casa Branca e antecipou que Sullivan trará convite para Lula se encontrar com Biden.
Em dezembro de 2002, Lula visitou a Casa Branca ainda como presidente eleito, quando anunciou que Antonio Palocci seria o seu ministro da Fazenda, e Marina Silva, do Meio Ambiente. Foi na embaixada brasileira em Washington que Lula convidou Henrique Meirelles para ser o presidente do Banco Central.
O roteiro de viagens ainda depende da agenda dos chefes de Estado dos países envolvidos e confirma repetidas declarações de Lula de priorizar as relações internacionais. Mesmo que não consiga completar o circuito antes da posse, Lula quer visitar esses parceiros prioritários o quanto antes. Ele também quer que sua assessoria confirme a intenção de participar do Fórum Econômico de Davos, a ser realizado de 16 a 20 de janeiro de 2023, na Suíça.
A intenção manifesta de Lula é aproveitar o interesse mundial pela sua vitória para, nas suas palavras, “reinserir o Brasil no mundo”. A imagem ruim do Brasil no exterior foi um dos pontos mais atacados por Lula na campanha e se tornou quase um consenso negativo entre diplomatas.
O convite para ir à Argentina foi feito nesta 2ª feira no encontro em São Paulo com o presidente Alberto Fernández, enquanto a possibilidade de ir aos Estados Unidos já estava planejada pela administração de Joe Biden. É uma coincidência.
A ida do petista à Argentina já tinha sido citada pelo ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é um dos líderes da esquerda sul-americana e visitou Lula em São Paulo no dia seguinte ao segundo turno.
AliançA FM