Via assessoria, Ciro confirmou que seguirá o partido. Presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que PT já incorporou as três exigências da sigla para fechar apoio a Lula.
Menos de 48 horas após reconhecer a derrota e pedir “algumas horas” para “achar o melhor caminho” para “bem servir à nação brasileira”, Ciro Gomes (PDT) confirmou via assessoria ao jornal O Globo que seguirá no segundo turno a decisão de seu partido, o PDT, que deve fechar em breve as negociações com o PT para declarar apoio a Lula (PT).
Ciro ficou em 4º lugar na disputa presidencial, com 3,04% dos votos, somando o apoio de 3.599.285 eleitores, número que daria vitória a Lula já no primeiro turno – e que pode sacramentar a vitória do petista no dia 30 de outubro.
O vice-presidente do PDT e deputado federal Pompeo de Mattos (RS) afirmou que o partido se reunirá nos próximos dias para decidir qual caminho trilhará no segundo turno da eleição à Presidência, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar lembrou, porém, que historicamente a sigla se une ao PT na reta final das corridas ao Palácio do Planalto.
A corrida será definida no próximo dia 30 de outubro, data do segundo turno. Lula terminou o primeiro turno com 48% dos votos e Bolsonaro, 43%. O candidato do PDT, Ciro Gomes, por sua vez, ficou em quarto lugar com apenas 3% da preferência dos eleitores.
O Globo apurou com outros nomes do partido que a tendência é formalização da aliança com Lula. A Executiva nacional da sigla deverá se reunir nesta segunda-feira em Brasília. Em 2018, os dirigentes pedetistas se reuniram ainda no domingo, horas após o primeiro turno, e anunciaram um “apoio crítico” ao PT, cujo candidato na época era o ex-ministro Fernando Haddad.
Enquanto o partido se articula para definir o que fazer no segundo turno, a posição de Ciro ainda é uma incógnita. Há uma pressão interna para que ele apoie Lula. Seus aliados acreditam que Ciro está mais inclinado a se manter neutro. Eles ponderam, no entanto, que Ciro combinou conversar com seus correligionários antes de bater martelo, o que indica que ele poderá endossar uma decisão coletiva.
AliançA FM