A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, o recurso apresentado pela defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A defesa tentava suspender o júri popular que vai julgá-lo pela sua participação no crime, que aconteceu em março de 2018.
O recurso que a defesa de Ronnie Lessa pediu para suspender o júri popular foi apresentado em junho deste ano, mas foi negado pela ministra Rosa Weber. Depois, foi levado um recurso para julgamento virtual, e a Primeira Turma, que é formada por cinco ministros, rejeitou o pedido por unanimidade. A ministra Weber negou o pedido alegando que o recurso não trouxe elementos capazes de mudar seu entendimento. Os demais ministros (Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso) acompanharam a decisão.
Ronnie Lessa atualmente se encontra preso por participação no assassinato da vereadora e do motorista. No que diz respeito à morte de Marielle, ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe, e com uso de emboscada ou recurso que dificulte a defesa da vítima. Já no caso de Anderson Gomes, o PM responde por homicídio qualificado por emboscada ou recurso que dificulte a defesa da vítima, e com o objetivo de assegurar a execução ou a ocultação de outro crime.
