Após a operação realizada pela Polícia Federal (PF) nesta última terça-feira (23) contra um grupo de empresários que teriam defendido um golpe de Estado no Brasil, o professor de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV), Celso Vilardi, e o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como “Kakay”, debateram o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em uma decisão no último dia 19.
“Eu entendo que o Supremo agiu mal. Agiu mal porque, pelo menos pelo que eu tive oportunidade de conhecer, eu não vi nenhum ato concreto contra a democracia que justificasse uma medida extrema de busca e apreensão, de quebra de sigilos e, principalmente, deflagrada pelo Supremo”, ponderou Vilardi.
Kakay, por outro lado, defendeu a investigação. “Esse inquérito que está aberto no Supremo e que, felizmente, conseguiu conter, em parte, uma ânsia contra as instituições, esse inquérito começou em 2019 e é um inquérito importantíssimo”, afirmou. Em sua avaliação, “nesse caso, ele [STF] está mantendo a estabilidade do país.”
A denúncia envolvendo os empresários surgiu de uma reportagem do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, que expõe mensagens trocadas entre os empresários em um grupo privado no WhatsApp.
AliançA FM