O Avante lançou neste sábado (23), oficialmente, a candidatura do deputado André Janones à Presidência da República.
A convenção foi em Belo Horizonte, com o grande Teatro do Minascentro lotado. André Janones chegou com a mão direita engessada. No começo de julho, um objeto de decoração do gabinete dele, em Brasília, caiu sobre a mão, provocando uma fratura.
André Janones tem 38 anos; nasceu em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Ele é advogado. Filho de uma empregada doméstica, seu primeiro emprego foi como cobrador de ônibus.
Começou na política em 2016, quando se candidatou à Prefeitura de Ituiutaba pelo PSC, mas perdeu. Em 2018, ganhou projeção em manifestações durante a greve dos caminhoneiros. No mesmo ano, foi eleito para seu primeiro mandato político, como deputado federal por Minas Gerais. Ele foi o terceiro mais votado no estado.
Antes do Avante, André Janones foi filiado a outros três partidos: PT, PSC e Democracia Cristã. Esta é a primeira vez que ele disputa a Presidência da República.
O presidente nacional do Avante, o deputado federal Luis Tibé, disse que a polarização, que ele chamou de guerra, está destruindo o país. Luis Tibé defendeu união do país; disse que essa é a melhor forma de o Brasil enfrentar os problemas.
“Não precisa votar em um porque está com ódio do outro. A gente tem uma opção boa, que eu não tenho dúvida. O Janones é uma pessoa que veio do povo, uma pessoa que conhece os problemas reais das pessoas, ele tem uma atuação na Câmara invejável,. Ele tem uma coisa que ele faz e alguns dos nossos parlamentares também fazem que é interessante: quando chega um projeto de lei da Câmara, ele não olha o autor, a assessoria dá sem o autor, ele não sabe se é governo, não sabe se é oposição. Se o projeto for bom, ele vota ‘sim’, se for ruim, ele vota ‘não’”, discursou Luis Tibé.
O nome do candidato a vice-presidente na chapa com André Janones ainda não foi anunciado. O partido Agir declarou apoio ao candidato.
Em seu discurso, André Janones defendeu a democracia; disse que pretende fazer alianças com partidos que estejam alinhados com as propostas do Avante, que tem um programa de governo que prefere chamar de plano de emergência, porque pretende colocar em prática a curto prazo grande parte dos projetos.