Congresso repudia violência política, e reação de Bolsonaro expõe divergências na campanha

Congresso repudia violência política, e reação de Bolsonaro expõe divergências na campanha

 

A cúpula do Congresso reagiu nesta última segunda-feira (11) com manifestações de repúdio a atos de violência política no país depois do assassinato do guarda municipal petista Marcelo de Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).

A ala política do governo e correligionários do centrão chegaram a pedir, sob reserva, um posicionamento mais firme do presidente Jair Bolsonaro (PL) com recados para uma pacificação.

Expondo divergências na campanha, porém, o chefe do Executivo evitou endossar a sugestão e tentou propagar um discurso atrelando práticas violentas à esquerda.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), jogou para os dois líderes das pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, a responsabilidade de conter seus militantes.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apoiador de Bolsonaro, criticou a violência, “ainda mais decorrente de manifestações políticas” e pregou “tolerância” e “paz”.

A reação pública de Bolsonaro e de aliados contrariou parte do entorno do chefe do Executivo sobre como reagir ao episódio.

Integrantes da campanha tentaram fazer com o que o presidente se antecipasse à vinculação do episódio com a sua militância e se pronunciasse sobre o crime na manhã de domingo (10).

Bolsonaro, porém, comentou o caso no fim do dia e apenas republicou mensagem de 2018 em que diz dispensar “qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra apoiadores”.

Além disso, em vez de falar sobre o assassinato em si, o chefe do Executivo tentou propagar o discurso de que a violência é uma prática da esquerda, não da direita.

Também seguiu a mesma estratégia de outros casos que respingaram negativamente no governo e procurou rebater jornalistas e influenciadores nas redes sociais.

AliançA FM

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