A base do governo na Câmara se mobiliza para levar à votação, nesta última quinta-feira (7), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios. A intenção é de que o texto seja apreciado na comissão especial, de manhã, e siga para análise dos deputados à tarde, em dois turnos. Na avaliação dos parlamentares aliados do Planalto, não há manobras regimentais possíveis para impedir a análise da matéria, apesar das ameaças da oposição. Segundo interlocutores do Executivo, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), está disposto a derrubar outras pautas para que a PEC seja votada.
O texto aprovado pelos senadores determina o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, a ampliação do vale-gás, um voucher para caminhoneiros de R$ 1 mil mensais e auxílio-gasolina destinado a taxistas, entre outros benefícios. O custo total é de R$ 41,2 bilhões. Forte queria incluir motoristas de aplicativo na lista de contemplados, mas foi pressionado a aprovar a matéria como chegou do Senado. A pressa é cobrada pelo governo, que vê nas medidas uma forma de tentar elevar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição.
A PEC dos benefícios foi apensada à PEC 15/2022, dos biocombustíveis, que já estava na comissão especial. Na madrugada de ontem, Forte leu seu relatório no colegiado. A sessão foi marcada por bate-boca entre a oposição e a base do governo. Integrantes de partidos contrários ao governo criticam a tramitação do texto, sem espaço para sugestões de emendas dos deputados. A votação não ocorreu por causa de um pedido de vista.
AliançA FM