A decisão deste sábado (25) do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de reativar a apuração do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre gastos da Lava Jato estreitou os prazos de Deltan Dallagnol, ex-procurador e ex-coordenador da Força Tarefa, que tem até a quarta-feira (29) para apresentar sua defesa ao tribunal de contas.
Depois disso, o caso deve ser colocado rapidamente na pauta de julgamentos. Se condenado, Deltan deverá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegível por oito anos, a não ser que consiga reverter a situação nos tribunais superiores.
O relator do caso no TCU, ministro Bruno Dantas, emitiu despacho ainda neste sábado determinando a retomada do processo e orientando a área técnica a, após a apresentação da defesa, instruir o processo com a “máxima brevidade possível” diante do “risco de prescrição.
Chefe da força-tarefa de procuradores da Lava Jato que jogou por terra boa parte dos pilares do mundo político entre 2014 e 2018, Deltan foi exonerado do cargo, a pedido, em 3 de novembro de 2021.
Na ocasião, a Lava Jato já enfrentava um contínuo processo de desgaste e desmonte iniciado após o ingresso do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) no governo de Jair Bolsonaro (PL) e as revelações de conversas que levantaram suspeitas de que magistrado e procuradores agiram de forma parcial nas investigações e julgamentos.
AliançA FM