A natação paralímpica brasileira consolidou na Ilha da Madeira, em Portugal, um rito de passagem. Oficialmente, a modalidade saltou de uma era em que super atletas concentravam muitas medalhas para uma fase em que o país conta com um time forte e consistente, capaz de subir ao pódio em diversas classes, seja no masculino ou no feminino.
No Mundial encerrado no último sábado (18), o primeiro sem a presença do multimedalhista Daniel Dias no elenco, o Brasil conquistou o melhor resultado de sua história. Foram 53 medalhas e a terceira colocação geral. Ao todo, foram 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Levando em conta provas individuais e revezamentos, 26 dos 29 atletas subiram ao pódio (89% dos atletas).
À frente do Brasil no quadro oficial de medalhas, apenas a Itália, com 27 ouros, 24 pratas e 13 bronzes (64 no total), além de Estados Unidos, com 24 ouros, nove pratas e sete bronzes (40). Na contabilidade por total de medalhas, o Brasil ficou em segundo. Antes, o melhor resultado do país em número de ouros tinha sido em 2017, no México, quando o Brasil obteve 18. No quantitativo, a melhor competição registrada era em Montreal, no Canadá, em 2013, com 26 pódios.
A delegação viajou a Portugal com 29 atletas. Todos eles, 100%, são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Dos 29 convocados, 26 pertencem à categoria Pódio, a principal, voltada para atletas que se qualificam entre os 20 melhores do ranking mundial. A categoria top do programa garante repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil. O investimento total do Bolsa Atleta nos 29 nadadores ao longo de suas carreiras supera os R$ 15,9 milhões.
AliançA FM