Em seis dias, o Pará registrou 15 atentados a tiros contra agentes de segurança. Sete deles foram assassinados. A situação gera sensação de insegurança, principalmente na região metropolitana de Belém, onde uma operação policial é realizada, mobilizando inclusive oficiais de folga, cujo alvo são envolvidos com a criminalidade. Nas periferias, a população relata clima de tensão.
O caso mais recente de ataque a agentes ocorreu na manhã da última quarta-feira (18), no distrito de Mosqueiro, ilha de Belém. A vítima teve a casa invadida por criminosos e foi morta a tiros.
Uma mulher, que é casada com policial militar, disse, sem se identificar, que já saiu de casa duas vezes para se despedir de agentes de segurança assassinados por criminosos.
“A nossa rotina, hoje se resume a uma só palavra: medo. Nós ficamos, praticamente, presas dentro de casa, sem poder sair, sem poder estar em lugares públicos com muita gente. É o que todas as mães e esposas de policiais estão passando nesse momento”, ela conta.
Desde terça-feira, policiais militares de folga foram chamados para reforçar o policiamento nas ruas da região metropolitana de Belém.
A onda de violência pelas ruas e também boatos de toque de recolher e retaliações que circulam pela internet causam preocupação entre moradores.
Na Universidade do Estado do Pará (Uepa), aulas presenciais chegaram a ser suspensas na noite de quarta-feira (18) devido às informações de ameaças de novos episódios de mortes violentas.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) afirmou nega que esteja ocorrendo toque de recolher em Belém informou que a Operação Impacto continua de forma ostensiva, “com mais de três mil PMs nas ruas para fortalecer a segurança na região metropolitana de Belém e no interior do Estado”.