A atual pandemia da COVID-19 tem afetado desproporcionalmente as populações mais velhas. As atuais transições demográficas e epidemiológicas na Região exigem mudanças na maneira como tratamos e respondemos às necessidades das pessoas idosas, especialmente em situações de emergência.
PANDEMIA DA COVID
- enfatizou as necessidades e vulnerabilidades das pessoas idosas em relação ao seu direito à saúde;
- tem apresentado taxas de mortalidade mais altas em pessoas idosas com comorbidades e comprometimento funcional; e
- expôs a fragilidade dos sistemas de saúde para apoiar as pessoas idosas e considerar suas necessidades específicas, entre outras.
O desafio da pandemia é proporcionar uma abordagem diferenciada e intervenções adequadas às pessoas idosas, que considerem a diversidade de estados funcionais e características de saúde específicas dessa população, e não apenas a idade cronológica.
As comorbidades crônicas como, por exemplo, a diabetes mellitus e a obesidade, mantêm o paciente em um estado inflamatório crônico, ou seja, tornando-o suscetível a outros quadros inflamatórios/infecciosos com resposta exagerada, como o que ocorre na covid-19.
O motivo para esta maior fragilidade se deve às alterações sofridas pelo sistema imunológico à medida que a pessoa envelhece.
Após os 60 anos, a resposta do organismo às infecções se torna mais lenta devido à queda na produção de interferon, principal proteína produzida pelos leucócitos para estimular a atividade de defesa celular.
Ou seja: fica cada vez mais difícil para o sistema imunológico eliminar as células infectadas e transmitir os “sinais de alerta” para acionar os mecanismos de resposta imune.
Essa demora dá ao vírus a oportunidade de se espalhar antes que as defesas do organismo consigam agir, aumentando as chances de agravamento dos sintomas que podem levar o paciente a óbito.
AliançA FM