O desmatamento na floresta da amazônia caiu 15% em março em relação ao ano anterior, mostram dados preliminares do governo divulgados na ultima sexta-feira (8), mas mesmo essa queda não foi suficiente para frear a maior alta no primeiro trimestre do ano em pelo menos seis anos. De janeiro a março, o desmatamento na Amazônia brasileira cresceu 64% em relação ao ano passado, para 941 quilômetros quadrados, como mostram os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área, maior que a cidade de Nova York, representa a maior perda de cobertura florestal no período desde o início da série de dados em 2015/16.
O Palácio do Planalto e o Ministério do Meio Ambiente não responderam imediatamente a pedidos por comentários. Um relatório do painel climático da ONU alertou na segunda-feira que os governos não estão fazendo o suficiente para conter emissões de gases geradores do efeito estufa para evitar os piores efeitos do aquecimento global.
O número é elevado para a época, meses em que as chuvas na região costumam derrubar os dados de desmatamento.
No começo de março, o órgão divulgou os alertas de desmatamento de fevereiro, que chegavam a 199 km². Tratou-se do maior indicador para o mês desde 2016, início da série histórica do Deter-B. Houve um aumento de 61% em comparação com fevereiro do ano passado.
O Deter é um programa do Inpe com a função de auxílio a ações de fiscalização e contenção de desmatamento, com acompanhamento da floresta em tempo praticamente real. O projeto também é capaz de indicar tendências no desmate.
Nesse momento, o STF (Supremo Tribunal Federal) julga um pacote de ações relacionadas à área ambiental e que, especialmente, tratam do avanço do desmatamento na Amazônia durante a gestão Bolsonaro.
Uma delas foi apresentada por PDT, PT, PV, PSB, PC do B, Rede e PSOL e diz que, por ações e omissões, o governo Bolsonaro não vem executando políticas públicas para o combate ao desmatamento da Amazônia e tem violado direitos fundamentais dos indígenas. Uma outra ação da Rede também fala sobre omissão no combate ao desmatamento.
AliançA FM