Conselho da ONU se reúne e analisa suspeitas de crimes de guerra

Conselho da ONU se reúne e analisa suspeitas de crimes de guerra

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky vai está hoje nesta terça-feira (5) em uma videoconferência, na reunião do Conselho de Segurança  da ONU, agendada pela Rússia, a convite da presidência Britânica, para falar desse episódio ocorrido em Bucha, no meso dia em que a procuradora do seu país  veio acusar a Rússia de 4.000 crimes de guerra nos 40 dias de conflitos, preparando caminho para abrir uma nova frente de batalha na justiça internacional.

Ao visitar a cidade, Zelensky chamou as mortes em Bucha de “crimes de guerra” que “serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”. Nesta terça-feira (5), disse esperar que Moscou reconheça o que suas tropas fizeram.

A criação de uma comissão internacional independente de inquérito para investigar as supostas violações de direitos humanos cometidas na invasão russa à Ucrânia foi apoiada por 32 dos 47 países-membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

CONFIRA COMO FOI A VOTAÇÃO DOS PAÍSES

  • Favoráveis: Alemanha, Argentina, Benim, Brasil, Catar, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Finlândia, França, Gambia, Holanda, Honduras, Ilhas Marshall, Indonésia, Japão, Líbia, Lituânia, Luxemburgo, Malawi, Malásia, Mauritânia, México, Montenegro, Nepal, Paraguai, Polônia, Reino Unido, Senegal, Somália, Ucrânia.
  • Contrários: Armênia, Bolívia, Camarões, Cazaquistão, China, Cuba, Gabão, Índia, Namíbia, Paquistão, Sudão, Uzbequistão e Venezuela.
  • Abstenções: Eritreia e Rússia.

“É nosso dever documentar e avaliar os crimes da Rússia e identificar os responsáveis”, disse o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas (ONU) em Genebra, Yevheniia Filipenko, ao Conselho minutos antes da votação.

O primeiro grande desafio é confirmar a autoria de tropas russas nos assassinatos de civis, o que vai além de acusações dos líderes de Estado. No caso de Bucha, a Rússia acusa o governo da Ucrânia de armar uma notícia falsa.

A Rússia negou alvejar civis na Ucrânia. Para Evgeny Ustinov, representante da Rússia, disse ao Conselho que os apoiadores da resolução “usarão qualquer meio para culpar a Rússia pelos eventos na Ucrânia”

AliançA FM

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