O preço dos medicamentos deve subir aproximadamente 10% a partir do dia primeiro de abril. Nesta data começa a valer o reajuste de preços autorizado pela câmara de regulação do mercado de medicamentos CMED, órgão vinculado à Anvisa, o valor final do reajuste não foi divulgado, mas de acordo com estimativas e especialistas do setor, a alta deve ficar próxima da inflação registrada no ano passado, que foi de 10,06%.
Por conta disso, pode-se esperar um peso maior dos medicamentos no bolso dos brasileiros, que já sofre com a inflação causada pela alta do dólar e dos combustíveis. O reajuste, no entanto, não quer dizer que os medicamentos irão aumentar necessariamente nessa taxa.
Quem sofre com os aumentos, é quem precisa de medicamentos de uso contínuo, como a pedagoga Daniele Teixeira, de 47 anos, que sofre com asma desde criança e, por isso, faz uso desses medicamentos para minimizar os sintomas da doença. Ela conta já ter sentido um aumento nos preços dos remédios nos últimos meses de pelo menos 50% e que o reajuste deve impactar ainda mais o orçamento familiar.
“É muito complicado, porque a gente aperta num canto pra utilizar em outro e não tem mais de onde enxugar, supérfluo a gente consegue tirar, mas medicamento não dá, não posso tirar meu remédio pra asma. Então vai faltar no alimento, trocando proteína por exemplo”.
Acontece que o CMED regulamenta um preço máximo para os medicamentos, e não um preço mínimo. Este será definido pelas farmácias de acordo com suas próprias estratégias de precificação. Logo, ainda é possível economizar na hora de comprar.
O Programa Farmácia Popular, do governo federal, oferece um abatimento de até 90% no valor do medicamento. Para se beneficiar é preciso estar cadastrado no programa, se apresentar em uma farmácia credenciada munido de identidade e apresentar a receita, que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS).