A dolarização dos combustíveis mantida pelo governo Bolsonaro desde sempre é justamente o motivo pelo qual o país se encontra hoje à beira de um abismo sócio-econômico. Analistas alertam para o risco de uma explosão nos preços do barril, que pode passar de U$ 200 no mercado externo. O preço do barril já sofreu valorização de 60% somente em 2022. As consequências para o Brasil, cujo povo enfrenta diariamente os infortúnios de uma inflação galopante, serão fulminantes.
Aos acionistas, lucro recorde. Ao povo, a conta
À época, o então presidente da Petrobras, Pedro Parente, chegou a prever que o preço da gasolina iria cair a partir da adoção da política de paridade internacional (PPI). O que se viu foi justamente o contrário, uma vez que a empresa abandonou a política implementada pelos governos do PT para garantir que flutuações externas não tivessem impacto no abastecimento e nos preços dos combustíveis, protegendo o povo brasileiro.
Mas foi Bolsonaro quem fez questão de manter a política sem sentido do governo anterior – afinal, o Brasil estava em condição de autossuficiência na produção de petróleo cru e alta capacidade de refino quando o Bolsonaro assumiu a Presidência. E, mais do que preservar o entreguismo de Temer, Bolsonaro promoveu uma verdadeira farra de lucros aos acionistas estrangeiros, cujos dividendos bateram recordes em bilhões de reais graças ao sacrifício do povo.
A privatização de refinarias, da BR Distribuidora e de gasodutos terminou de dilapidar a capacidade produtiva da empresa. Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, o entreguismo de Temer e Bolsonaro “impõe a importação de derivados que só beneficia 390 empresas importadoras e acionistas minoritários, favorecidos pela dolarização dos preços que asseguram lucros e dividendos”.
AliançA FM