A invasão da Rússia à Ucrânia despertam temores de efeitos negativos não só na Europa e nos Estados Unidos, mas também entre outros países que mantêm parcerias políticas e comerciais com as duas nações. O Brasil está nessa longa lista.
Mas o primeiro grande impacto sentido no país foi positivo, com a queda do dólar. A moeda americana registrou na última terça-feira (22) sua quarta redução seguida frente ao real e fechou em 1,09%, sendo negociada a R$ 5,0511.
O movimento, segundo analistas, é consequência não só do aumento da taxa Selic pelo Banco Central, mas também da entrada de capital estrangeiro no país em tempos de alto risco.
Apesar da expectativa de economistas uma migração de ativos para mercados mais seguros, o Brasil se tornou atrativo por sua capacidade de se tornar um possível fornecedor substituto para alguns dos bens agrícolas produzidos na Rússia e na Ucrânia.
A crise pode ainda impactar a capacidade do Brasil de importar fertilizantes e insumos agrícolas, que estão atualmente no topo da lista de produtos importados da Rússia, e prejudicar o setor agrícola nacional.
Politicamente, o Brasil será afetado pela posição que tomar nas discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde o país ocupa um assento não-permanente desde o início do ano.
O aumento da inflação, impulsionado não só pela crise no leste europeu mas também por outros fatores externos e internos, ainda pode influenciar o resultado das eleições presidenciais marcadas para outubro.
AliançA FM