Incerta, a aprovação do nome de André Mendonça para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) seria hoje uma vitória mais da mobilização de líderes religiosos do que do governo. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para a quarta-feira (1º).
Desde esta segunda (29), de acordo com relatos de senadores e servidores do Senado, entre 200 a 300 lideranças evangélicas estão presencialmente no Congresso para pressionar os parlamentares pela aprovação do nome de Mendonça, que é pastor presbiteriano.
Pastores e outros líderes têm escolhido senadores dos seus estados para fazer pressão, o que tornou ainda mais incerto o placar no plenário.
Até mesmo o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ e que trabalha pela rejeição do nome, estaria em dúvida sobre o placar final, segundo pessoas próximas dele.
Na última sexta (26), Alcolumbre garantia a aliados que teria 50 votos contra Mendonça. Ele segurou a sabatina do indicado do presidente Jair Bolsonaro por mais de três meses.
Senadores também afirmam que Mendonça foi abandonado pelo Palácio do Planalto.
Dois parlamentares com experiência em sabatinas e votação de indicados ao STF afirmam que nunca viram tão pouca mobilização das lideranças do governo no Congresso e no Senado.
Bolsonaro chegou a gravar um vídeo na segunda defendendo seu ex-ministro, mas, no Congresso a atitude foi vista como consequência da pressão da base evangélica. Filho do presidente, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) também não é visto pelos colegas como alguém que defenda o nome de Mendonça.
AliançA FM
Com informações de Ana Flor – g1