Após seis meses de trabalho, o relatório aprovado nesta terça-feira (26) pela CPI da Covid no Senado aponta uma série de condutas do presidente Jair Bolsonaro na condução da crise sanitária que contribuíram para o Brasil atingir a trágica marca de 600 mil mortos pela doença.
Para a comissão, Bolsonaro praticou os seguintes crimes:
- Crime de responsabilidade por ter defendido a imunidade de rebanho por contágio, atentando contra o direito à vida e à saúde
- Incitação ao crime ao estimular a população a infringir medidas de distanciamento social e incentivar a invasão de hospitais de campanha
- Emprego irregular de verba pública ao destinar recursos para a compra de remédios ineficazes
- Falsificação de documento particular ao atribuir ao TCU estudo questionando o número de mortes por Covid em 2020
- Crimes contra a humanidade na condução da pandemia
- Prevaricação ao não pedir que fosse investigada a suspeita de corrupção na compra da vacina Covaxin
- Charlatanismo ao defender o uso de remédios ineficazes contra a Covid
- Crime de infração de medida sanitária preventiva ao não usar máscaras em público
- Crime de epidemia ao promover aglomerações de pessoas
As chances de ele sofrer alguma punição, no entanto, são pequenas na avaliação de analistas políticos e juristas. O impacto maior deverá ser mesmo no campo político, com eventuais reflexos nas urnas em 2022.
Além de Bolsonaro, outras 77 pessoas e duas empresas também tiveram o indiciamento recomendado pela CPI. Veja aqui o que disseram em sua defesa.
Inicialmente, o número total de indiciamentos era de 68, mas, após conversas com os demais integrantes da comissão, o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), acrescentou outros 12 nomes, totalizando 80.
AliançA FM
Com informações do site g1