Adva Avelino foi levado para o presídio de Porteirinha no dia 28 de setembro sob a acusação de tentativa de feminicídio, de acordo com o delegado do caso, André Brandão. As agressões teriam ocorrido na quinta-feira anterior (23) na casa onde ele e a mulher moravam.
Segundo a Polícia Civil, o homem teria amarrado a vítima pelo pescoço em uma árvore, para asfixiá-la e depois a arrastou pelo chão do terreno. Ele teria feito isso porque estava com ciúmes dela devido a postagens em redes sociais.
Em um vídeo, gravado por seu advogado, a vítima conta como foram as agressões. “Ele pegou a corda, me puxou e passou a corda aqui [ela diz, apontando para um tronco de árvore]. Eu falei: ‘me solta, moço, solta, não me mata, não'”, diz ela.
No vídeo, é possível ver as marcas deixadas pela corda no pescoço da mulher. Ela também indica a distância que teria sido arrastada e diz que, caso não tivesse conseguido se soltar da corda, teria morrido.
De acordo com a polícia, a perícia confirmou as marcas deixadas no pescoço e nas costas da mulher por conta das agressões.
Fabio Silva Nunes, advogado da vítima, disse que em 2019 o casal dissolveu a união estável que mantinha até então. Pelo acordo, ela ficaria com a casa e ele, com o carro. Os dois reataram o relacionamento, mas voltaram a se desentender.
“Ela não queria mais continuar, então ela entrou com uma ação pedindo que ele deixasse a casa e pagasse os alimentos atrasados. A decisão judicial saiu e foi favorável, mas quando ela informou a situação ele não aceitou”, afirmou o advogado.
Um dia após as agressões, a vítima procurou Fabio Silva relatando o que tinha acontecido. Ele foi o responsável por procurar a polícia, que foi então até a residência, mas não encontrou Adva.
O vereador foi encontrado e preso cinco dias depois. Segundo o delegado Brandão, ele estava em uma propriedade de difícil acesso na zona rural de Serranópolis de Minas. Junto com o suspeito foi encontrada uma quantia de R$ 10.850 em espécie.
Karom Kaiquy Gomes Amaral, advogado do suspeito, afirma que o dinheiro encontrado seria destinado ao pagamento de uma compra de gado para a propriedade rural do vereador. Ele nega as agressões e afirma que o vereador nunca pensou em fugir do município.
“Na verdade, esses fatos são fatos desvirtuados da realidade. Infelizmente, a polícia não investigou de forma correta e a mídia, pelo fato de ser um vereador, acabou distorcendo os fatos. A defesa tem a plena convicção de que o Adva é inocente e iremos demonstrar e provar isso nos autos”, afirma Karom.
Por meio de nota, o PSD de Minas afirmou que está acompanhando a apuração do caso em contato direto com o diretório local.”O Partido Social Democrático de Minas Gerais (PSD-MG) tomou conhecimento do fato pela imprensa e repudia qualquer tipo de violência, principalmente contra mulheres”, diz a nota.
AliançA FM.