O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta sexta-feira (8) que é “absolutamente contrário” a leis que obrigam o uso da máscara e da exigência do “passaporte” de vacinação. A declaração foi feita em entrevista à imprensa em visita às obras da Nova Maternidade de Teresina, no Piauí. Depois, em visita ao Hospital Universitário da UFPI, ele discursou sem máscara
“Sou absolutamente contrário [a leis que obrigam o uso de máscara e passaporte de vacinação]. O governo federal defende primeiro dignidade da pessoa humana, a vida, a liberdade. Eu acho que uma lei para obrigar qualquer coisa é um absurdo, porque não funciona. Temos que fazer as pessoas aderirem aos recomendações sanitárias”.
A posição do ministro contraria o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que divulgou uma nota também nesta sexta-feira defendendo a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil.
No documento, o órgão ressalta que o afrouxamento de medidas de controle está diretamente relacionado ao aumento do número de casos de coronavírus, como ocorreu em outros países.
Especialistas alertam que a pandemia não acabou e que a situação não está tão controlada no Brasil.
“Por mais que o percentual da população brasileira vacinada seja alto, os números que apresentavam uma queda pararam de cair e estão em fase de estabilização”, afirmou Pedro Hallal, epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas ao g1.
Durante a solenidade de entrega de equipamentos para o Hospital Universitário da UFPI, o ministro Marcelo Queiroga foi o único a discursar sem usar máscara. Ele esteve com o equipamento durante todo o tempo, e retirou para falar.
Aliança FM
Com informações de Maria Romero e Andrê Nascimento, g1 PI