A estiagem prolongada fez o nível da água do Rio Paraná baixar consideravelmente, revelando as colunas de concreto usadas para apoiar o telhado da estação ferroviária de Rubineia. Parte da cidade foi inundada na década de 70 para a construção do reservatório da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira.
Esta é a segunda vez que as ruínas reaparecem, trazendo consigo parte da história. A primeira foi no ano de 2014, quando o estado de São Paulo enfrentou uma das piores crises hídricas.
Evandro Santos, secretário de Turismo de Rubineia, explica que a margem do Rio Paraná recuou cerca de 200 metros por conta da seca que atinge a região noroeste paulista.
“Ainda existem de três a dois metros de água para chegar à plataforma da antiga estação. Ela ficava a 12 ou 13 metros de profundidade. Ou seja, o nível baixou bastante. A estrutura, atualmente, está praticamente um metro fora d’água”, conta Evandro.
Além de revelar parte da estrutura da estação ferroviária, a estiagem prolongada trouxe à tona restos de construções de Rubineia.
“As ruínas ficam em uma praia de água doce chamada Ipanema. A água está baixando cerca de 12 centímetros por dia. Antigamente, existiam 12 pontos de embarque e desembarque de barcos e lanchas. Atualmente, são apenas cinco”, diz o secretário de Turismo.