Nilton Lins foi preso em operação que apura desvios de recursos na construção de unidade de saúde contra a covid-19 em Manaus
O empresário Nilton Lins Júnior, preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (2) durante a 4ª fase da Operação Sangria, que apura desvios na construção de hospital de campanha do Estado do Amazonas, afirmou que recebeu os agentes com tiros porque pensou que os mesmos se tratavam de assaltantes.
Nesta manhã, foram cumpridos seis mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no Amazonas. Os agentes foram também até a casa do governador Wilson Lima (PSC) para fazer buscas, na Secretaria de Saúde e na residência do secretário Marcelluls Campêlo, que teve a prisão decretada.
“Por conta de um assalto sofrido anteriormente em sua residência, o empresário Nilton Lins Júnior pensou se tratar de uma nova ocorrência semelhante e disparou dois tiros de alerta dentro de casa. Não houve feridos e a situação foi prontamente esclarecida diante das autoridades presentes”, afirmou sua defesa.
A nota oficial aponta também que o empresário “não se dirigiu a nenhum local e permaneceu em sua casa durante toda a manhã acompanhando o desdobramento dos fatos”.
“Desde sempre, o Grupo Nilton Lins segue firme na disposição em colaborar para o esclarecimento dos fatos perante os órgãos e entidades competentes”, diz o texto.
Mais cedo a subprocuradora Lindôra Maria Araujo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), afirmou que a PF foi recebida a tiros pelo filho de Nilton Lins. A fala da magistrada foi feita durante o julgamento da investigação sobre o recebimento da denúncia contra o governador Wilson Lima, investigado pelo crime de peculato.
O tema ainda será analisado na sessão do próximo dia 28 de junho. Segundo o ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Ministério Público e a Defesa dos acusados serão ouvidos na sessão. Outros ministros, no entanto, questionaram o adiamento.
Sobre a operação
Hoje cedo, a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação no âmbito de investigação sobre suspeita de fraudes e superfaturamento em contratos voltados para o enfrentamento à covid-19 no Amazonas, um dos estados mais afetados pela pandemia no Brasil.
Fonte: R7