O aumento na taxa de desemprego foi registrado por oito unidades da Federação, em 12, o índice foi recorde.
O período de pandemia terminou de derrubar a economia brasileira e isso se reflete na taxa de desempregados no país, cada vez mais alta. O desemprego no Brasil atingiu o recorde de 14,7% no primeiro trimestre de 2021.
Os dados foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta quinta-feira (27). O instituto apresentou também número recorde de desempregados, 14,8, milhões de brasileiros. “É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012”, informou o IBGE.
O aumento na taxa de desemprego foi registrado por oito unidades da Federação, em 12, o índice foi recorde. A taxa recorde foi puxada, principalmente, pelas regiões Norte, que passou de 12,4%, no último trimestre de 2020, para 14,8%, no primeiro trimestre de 2021, e Nordeste, em que o indicador foi de 17,2% para 18,6%. Em ambas as regiões, é a maior taxa já registrada desde 2012. Nas demais, o cenário é de estabilidade em relação ao quarto trimestre do ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Segundo a pesquisa, a taxa de informalidade ficou em 53,3% no Nordeste e em 55,6%, no Norte. Foram as únicas regiões que registraram taxa acima da média nacional (39,6%). O nível de ocupação foi maior no Sul (54,3%) e no Centro-Oeste (54,2%); e menor no Nordeste (40,9%). A taxa de desemprego entre os brancos (11,9%) é menor do que a dos pretos (18,6%) e pardos (16,9%).
No primeiro trimestre de 2021, a taxa de desemprego foi de 12,2% para os homens e 17,9% para as mulheres. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego (31,0%) foi bem mais alta do que a média nacional (14,7%).
Em nota do IBGE, a analista da pesquisa, Adriana Beringuy explica que apesar de permanecer estável, a taxa de desemprego no Sudeste é maior do que a do Norte, 15,2%. “Norte e Nordeste tiveram aumento significativo da procura por trabalho no primeiro trimestre de 2021, elevando a taxa de desocupação nessas duas regiões. Nas outras regiões, o cenário foi de estabilidade na desocupação e na ocupação na comparação trimestral”.
Ainda em nota, o IBGE informa que com esse aumento, o número de desempregados no Norte chega a 1,2 milhão, aumento de 187 mil pessoas frente ao último trimestre de 2020. No Nordeste, houve acréscimo de 370 mil pessoas, totalizando, agora, 4,4 milhões de pessoas à procura de emprego. “Entre as unidades da Federação, oito tiveram aumento na taxa de desemprego na comparação trimestral e, em 12 delas, o percentual é recorde. Pernambuco e Bahia se destacaram com a taxa de 21,3%”, completa.
Fonte: Correio Braziliense