Mesmo após a comprovação da ineficácia e o risco de efeitos colaterais da cloroquina no tratamento da Covid-19 o aparato diplomático brasileiro foi mobilizado para garantir o fornecimento do medicamento ao país. Isso foi feito pelo ex-ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, que pediu demissão em março.
A busca pela cloroquina começou após o presidente, Jair Bolsonaro, falar em possível cura para a doença, em março do ano passado. Os telegramas diplomáticos que revelam as negociações foram obtidos, com exclusividade pela Folha.
Ernesto Araújo será um dos ouvidos da CPI da Covid. O depoimento estava marcado quinta-feira, mas será reagendado. No dia será ouvida Marta Díez, presidente da Pfizer no Brasil e seu antecessor Carlos Murillo. Também vão prestar depoimento, nessa semana, Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa, na terça e na quarta Fábio Wajngarten, ex-chefe da secretária de comunicação do governo.
AliançA FM