Discurso do presidente da Câmara foi considerado “duro” e estava relacionado ao mais triste patamar atingido pelo país nesta quarta (24)
Durante discurso realizado nesta quarta-feira (24), o presidente da Câmara, Arthur Lira, mandou uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro sobre a forma como tem sido conduzida a pandemia da Covid-19 no Brasil e os erros cometidos em sua gestão.
As palavras consideradas “duras” foram relacionadas às 300 mil vidas ceifadas pela doença, um novo e triste patamar atingido pelo país.
O nome de Bolsonaro não foi citado, mas a associação feita ao governo foi clara. O presidente da Câmara falou sobre a quantidade de erros em comparação com acertos cometidos e cobrou sensibilidade de terceiros, considerando o momento.
“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse.
“CPIs ou lockdowns parlamentares, medidas com níveis decrescentes de danos políticos devem ser evitados, mas isso não depende apenas desta Casa. Depende também, e sobretudo, daqueles que fora daqui precisam ter a sensibilidade de que o momento é grave, a solidariedade é grande, mas tudo tem limite”, frisou.
“Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais”, alertou.
Por: DOL