42 homens são presos por estuprar mulher que era drogada pelo marido

Um homem, de 62 anos, foi preso na França acusado de drogar a esposa durante 10 anos para que ela fosse estuprada por dezenas de outros homens enquanto ele filmava. Segundo a polícia francesa, quase 50 homens tiveram envolvimento com o crime e foram presos.

Ao todo, 45 suspeitos foram identificados na investigação iniciada há quase um ano em Avignon (sul), o caso veio à tona depois que o marido da vítima foi preso em 12 de setembro de 2020 em uma loja em Carpentras (sul), enquanto filmava sob a saia das clientes.

Ao examinar o conteúdo de seu computador, os investigadores descobriram vídeos de sua esposa inconsciente enquanto ela era estuprada por vários homens. Na Internet, também encontraram mensagens do marido postadas em fóruns de encontros, onde ele propunha a várias pessoas que se aproveitassem de sua esposa.

“Nenhum dos autores poderia ignorar o que estava acontecendo”, insistiu o comissário.

Ainda assim, muitos admitiram os fatos somente quando confrontados com as imagens.

A vítima, mãe de três filhos, descobriu os fatos durante a investigação e, “surpresa”, decidiu deixar o sul da França e ir morar na região parisiense.

Dos 45 suspeitos que foram identificados nas investigações iniciadas, cerca de 42 já foram presos. 9 pessoas estão em prisão provisória, enquanto outras 33, incluindo o marido, passaram para prisão preventiva, após serem indiciadas.

Divulgados pelo jornal “La Provence”, os fatos investigados aconteceram por dez anos, de 2010 a 2020. Os estupradores têm entre 24 e 71 anos, e seu perfil profissional é diverso: trabalhador temporário, bombeiro, enfermeiro, jornalista, entre outros. O estado civil também é amplo, envolvendo solteiros, casados, divorciados, pais, ou casais.

“É incomum ter tantas provas em um caso de estupros. Tudo está detalhado, mesmo que a vítima, inconsciente durante os estupros, não se lembre de nada”, disse à AFP o comissário Jérémie Bosse Platière, da Polícia Judiciária.

As denúncias apresentadas pela Promotoria incluem estupro e cumplicidade em estupro agravado pela administração de uma substância para alterar o discernimento da vítima, até invasão de privacidade por meio da gravação e divulgação de imagens sexuais

“O marido usava ansiolíticos fortes para drogar sua esposa, que era colocada nua em uma cama, enquanto o quarto era aquecido para evitar que ela acordasse”, detalhou Bosse Platière.

AliançA FM.

 

 

 

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