2024 deve ser mais quente que 2023, diz ONU
2024 deve ser mais quente que 2023, diz ONU
“As ações da humanidade estão queimando a terra”
12/01/2024
A Organização Meteorológica Mundial confirma que 2023 foi o ano mais quente já registrado, com uma média global muito acima dos níveis pré-industriais. Num informe publicado hoje pela agência da ONU e que reúne dados de todos os serviços de meteorologia do mundo, a constatação é que o planeta se aproxima cada vez mais dos limites estabelecidos no Acordo de Paris.
De acordo com a entidade, o fenômeno do El Niño ampliou o impacto das mudanças climáticas para gerar temperaturas elevadas na segunda metade de 2023. A agência, porém, faz um alerta:
Espera-se que 2024 seja possivelmente ainda mais quente.
O secretário-geral da ONU, António Guterres” disse que “as ações da humanidade estão queimando a terra”
2023 foi uma mera prévia do futuro catastrófico que nos aguarda se não agirmos agora. Devemos responder aos aumentos recordes de temperatura com ações revolucionárias afirmou.
Ainda podemos evitar o pior da catástrofe climática. Mas somente se agirmos agora com a ambição necessária para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius e garantir a justiça climática.
Por que as temperaturas de 2023 são alarmantes 2024 deve ser
Sobre 2023, o que surpreende a Organização Meteorológica Mundial é que o recorde foi registrado “por uma margem enorme” em comparação aos níveis médios dos últimos anos.
“A temperatura média anual global se aproximou de 1,5° Celsius acima dos níveis pré-industriais — um fato simbólico, pois o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas visa limitar o aumento da temperatura a longo prazo a não mais que 1,5° Celsius acima dos níveis pré-industriais”, afirma.
Os seis principais conjuntos de dados internacionais usados para monitorar as temperaturas globais e consolidados pela OMM mostram que a temperatura global média anual foi 1,45 °C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900) em 2023.
O esforço de medição inclui centenas de locais de observação, navios e boias em redes marinhas globais, desenvolvidos e mantidos pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, pelo Met Office Hadley Centre do Reino Unido e pela Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia e pelo grupo Berkeley Earth.
A OMM também usa conjuntos de dados de reanálise do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo e seu Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, e da Agência Meteorológica do Japão A análise combina milhões de observações meteorológicas e marinhas, inclusive de satélites.
“As temperaturas globais em todos os meses entre junho e dezembro estabeleceram novos recordes mensais. Julho e agosto foram os dois meses mais quentes já registrados”, destacou a entidade. (Com informações UOL)